Bloco Lianzi tem quebra na produção
O campo de exploração petrolífera de Lianzi, gerido por Angola e Congo Brazzaville, na fronteira comum entre os dois países, registou uma baixa de produção de 30 para 23 mil barris/dia.
A informação foi prestada ontem, em Luanda, pelo ministro congolês dos Hidrocarbonetos, Jean-Marc Thystère-Tchicaya, à margem da reunião da comissão mista, que avaliou o funcionamento do empreendimento económico.
A baixa de produção foi provocada pela redução de águas nos reservatórios do poço produtor LP 02.
“Em menos de cinco meses tivemos uma queda de produção na ordem dos 23 por cento. Mas neste momento a produção conhece uma estabilidade relativa graças à boa gestão da água no sentido de manter a pressão dos reservatórios em produção”, disse o ministro congolês, para quem a actualização dos modelos do operador vai trazer estabilidade na produção, reduzir o débito do petróleo e garantir reservas adicionais. O ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, considerou positivo o encontro, que avaliou os níveis de produção do empreendimento petrolífero, incluindo o orçamento para 2017.
“Neste momento, Lianzi regista uma produção de 23 mil barris de petróleo por dia. Está a ser feito um trabalho com vista ao aumento da produção”, explicou o ministro dos Petróleos, garantindo que através de Lianzi os países podem desenvolver projectos económicos com benefícios mútuos.
O bloco está localizado em águas profundas (até 1000 metros) no alto mar e cobre uma área de 700 quilómetros quadrados entre os dois países. O campo de produção tem um custo de exploração avaliado em dois mil milhões de dólares e as estimativas apontam para a existência de reservas de 70 milhões de barris de petróleo.