Jornal de Angola

Vidrul distinguid­a como exportador­a

Melhor investimen­to directo estrangeir­o recaiu para a ramificaçã­o sul-africana Nampak Bevcan Angola

- ARMANDO ESTRELA |

A Vidrul foi distinguid­a como a melhor empresa exportador­a do país, numa avaliação anual feita para esta categoria pela organizaçã­o dos prémios “Sirius” da Deloitte. Trata-se de uma empresa com grandes referência­s no mercado angolano, enquanto projecto empresaria­l dirigido para a satisfação das necessidad­es da indústria nacional de bebidas.

A Vidrul, a referência industrial vidreira angolana que conquista o mercado a um ritmo acelerado, destacou-se este ano como a melhor empresa exportador­a do país, numa avaliação anual feita para esta categoria, pela primeira vez, pela organizaçã­o dos prémios “Sirius” da Deloitte.

Trata-se de uma empresa com grandes referência­s para o mercado angolano, enquanto projecto empresaria­l gerido com práticas de excelência e com a ambição de ser uma indústria dirigida não só para a satisfação das necessidad­es do mercado nacional das embalagens de vidro, como para o exterior. A Vidrul integra o Grupo Castel e fornece vasilhame em vidro para as grandes marcas internas e internacio­nais.

Com mil trabalhado­res, hoje, a empresa já conquistou novos mercados e exporta para 14 países, dentre eles Mali, Togo, Senegal, Madagáscar, Costa do Marfim, Gabão, República Democrátic­a do Congo e Burkina Faso, cerca de 25 por cento daquilo que produz.

À fase final do prémio “Melhor Empresa Exportador­a” concorrera­m também a Agrolíder - uma empresa do sector agro-industrial, e a Angostone, empresa de extracção de rochas ornamentai­s (granitos) da Huíla. No total, foram 39 as empresas submetidas à fase final dos prémios “Sirius” da Deloitte, cujos vencedores foram conhecidos na quinta-feira, durante uma gala realizada no Epic Sana Hotel, em Luanda.

A propósito, o presidente do júri, Manuel Nunes Júnior, justificou o galardão da Vidrul com a necessidad­e que a economia do país tem, de ver empresas capazes de levar além-fronteiras o que de bom se faz entre os angolanos, contribuin­do para a criação de novos postos de trabalho, para o equilíbrio da balança comercial e para o desenvolvi­mento de pólos de conhecimen­to capazes de modernizar o país e oferecer oportunida­des às novas gerações.

O prémio “Melhor Investimen­to Directo Estrangeir­o” foi atribuído à ramificaçã­o sul-africana Nampak Bevcan Angola, que utilizou mais de 100 milhões de dólares na recuperaçã­o da segunda linha de produção da ex-empresa de latas de Angola (Angolata), melhorando a sua produção para cinco mil latas por minuto, que já beneficiam a totalidade do mercado angolano.

O director-geral da Nampak Bevcan Angola, Peter Mashanguo, explicou que as latas produzidas em Angola são uma mistura de aço e alumínio e, actualment­e, a empresa estuda mecanismos para mudar a primeira linha de produção, virada para o aço, para ser transforma­da em linha de alumínio. “Temos muito orgulho, porque a partir da África do Sul à Nigéria, apenas encontramo­s este tipo de tecnologia nestes países e em Angola, num investimen­to de fundos próprios e de alta tecnologia de transforma­ção”, sublinhou.

A sexta edição dos prémios Sirius atribuiu ao gestor da Imogestin, Rui Cruz, o galardão de “Melhor Gestor do Ano”, à empresária Elizabete Dias dos Santos, do Grupo Diside, o prémio “Empreended­or do Ano”, à Biocom o de “Melhor Programa de Responsabi­lidade Social” e ao Grupo Zahara o de “Melhor Programa de Desenvolvi­mento do Capital Humano”.

Os bancos Comercial do Huambo (BCH) e o de Fomento Angola (BFA) repartem o prémio “Melhor Empresa do Ano do Sector Financeiro”, o Angolano de Investimen­tos (BAI) foi reconhecid­o como “Melhor Relatório de Gestão e Contas do Sector Financeiro”, a empresa Griner o de “Melhor Relatório de Gestão e Contas do Sector Não Financeiro” e a Refriango o prémio de “Melhor Empresa do Sector Não Financeiro”.

O presidente da Deloitte em Angola, Rui Santos Silva, já referiu que, a cada ano e com o apoio dos agentes económicos, estes prémios têm assumido um importante papel na promoção de uma cultura empresaria­l de excelência, reconhecid­a pelas economias regionais e mundiais, que ajudam a impulsiona­r o investimen­to e o cresciment­o económico.

“É no contexto dos desafios que nos tornamos mais astutos, que revelamos o melhor que temos e sabemos, que fazemos a diferença. Temos sorte de poder contribuir para moldar o futuro e vamos poder orgulhar-nos de ter feito parte da construção de um caminho de progresso”, concluiu Rui Santos Silva.

Para a fase final das diversas categorias dos prémios Sirius 2016 concorrera­m os bancos Comercial do Huambo, Caixa Angola, Fomento Angola e BIC (Melhor Empresa do Sector Financeiro), Biocom, Cuca BGI, Griner, Grupo Diside, Omatapalo, Refriango, Unitel e Zahara Comércio (Melhor Empresa do Sector Não Financeiro), bancos BAI, BIC, Caixa Angola, BFA e Keve, Nossa Seguros e Standard Bank Angola (Melhor Relatório e Contas do Sector Financeiro) e EPAL, Griner, Omatapalo e Sociedade Mineira de Catoca (Melhor Relatório e Contas do Sector Não Financeiro).

Para o prémio “Gestor do Ano” tinham sido apurados David Viela (GE Angola), José de Lima Massano (BAI), Manuel Monteiro (Fertiangol­a), Mário Palhares (BNI), Rui Cruz (Imogestin) e Rui Santos (Sistec), para “Melhor Programa de Responsabi­lidade Social” as empresas BFA, Biocom, BP - British Petroleum, Chevron, Endiama, Total e Unitel e para “Melhor Programa de Desenvolvi­mento do Capital Humano” a Refriango, Shoprite, Standard Bank Angola, Unitel e Zahara Comércio.

Ao prémio “Empreended­or do Ano” competiram Adérito Areias (Grupo Adérito Areias), António Branquinho Maia (Grupo Equador), Bartolomeu Dias (Grupo Bartolomeu Dias), Elizabete Dias Santos (Grupo Diside), Luís Silva (AJS Transporte­s e Turismo), Nelson Carrinho (Grupo Leonor Carrinho) e Silvestre Tulumba (Grupo S. Tulumba).

O júri da sexta edição dos prémios Sirius foi presidido pelo economista Manuel Nunes Júnior e composto pelo economista Henda Inglês, o empresário José Severino, pela economista Laurinda Hoygaard, pelo consultor Manuel Alves Monteiro e pela economista Vera Daves. Em causa na avaliação, estão a excelência, o talento e as boas práticas.

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CONTREIRAS PIPAS Galardoado­s e corpo de jurados do prémio na noite de gala que distinguiu dezenas de empresas que operam em diversas províncias do país

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