Produtores de arroz apostam na exportação
Os investimentos realizados na produção intensiva de bens permitem o lançamento de exportações de arroz, milho e mel a curto prazo, afirmou ontem o presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM).
António de Assis estimou que vários fazendeiros e empresários estão a investir no aumento da produção de alimentos como arroz, milho, mel e cera, para serem exportados. Por constar da lista dos alimentos mais importados por Angola, o arroz está a merecer maior atenção dos produtores que investem em estudos para o seu cultivo nas províncias do Bié, Benguela, Huambo, México, Lunda Norte, Lunda Sul e Malanje.
Na província de Malanje, mais de 100 hectares foram já preparados para a produção do arroz e 30 mil para a produção de milho. Dada a sua importância alimentar, o arroz, o milho e o mel são os produtos mais consumidos pelos angolanos, mas maioritariamente exportado, provocando a fuga de divisas para o mercado externo.
O programa “Angola Investe” desenvolveu um conjunto de projectos de base para os fazendeiros investirem na produção desses produtos. A par do arroz e milho, estão a ser implementados projectos industriais na cadeia do mel, em várias regiões do país. O responsável garantiu que o Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas vai orientar a estruturação do desenvolvimento do mapa de investimento para as empresas interessadas na produção desses bens, numa altura em que o Executivo incentiva os empresários a se tornarem mais agressivos e massivos com a atribuição do credito agrícola através do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA).
O BDA repassa recursos à banca comercial para apoiar o crédito agrícola de campanha que permite a aquisição de insumos necessários para o desenvolvimento da actividade.
O Executivo aprovou um conjunto de programas em vários domínios no sector produtivo, no âmbito do programa Angola Investe, com vista a estimular as cadeias industriais consideradas fundamentais para a produção do milho, arroz e o mel.
António de Assis disse que, com a criação do Crédito Agrícola de Investimento, os produtores vão poder realizar os seus investimentos e constituir uma prioridade do banco, basta que o investidor tenha projectos exequíveis, capazes de elevar a competitividade e garantir o incremento da produção.
O Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas, neste caso, torna-se consultor público, dando suporte aos produtores, com legislação e normas dos procedimentos que facilitem a transposição da burocracia dos bancos.