Jornal de Angola

APELO DO VICE-PRESIDENTE DO MPLA NO UÍGE Todos aos postos de registo eleitoral

- VALTER GOMES |

O vice-presidente do MPLA, João Lourenço, afirmou ontem, no Uíge, que o calendário eleitoral é inadiável e por isso os militantes, simpatizan­tes e amigos do partido devem afluir em massa aos postos de registo eleitoral ao invés de deixarem tudo para o último dia.

No encontro com a massa militante do partido, académicos, entidades religiosas e autoridade­s tradiciona­is, que decorreu no cine Ginásio, João Lourenço lembrou ser necessário que todos os cidadãos façam o registo eleitoral porque só desta forma estarão habilitado­s a exercer o seu direito de voto nas eleições gerais do próximo ano.

“Quem não votar não terá moral de algum dia criticar. Só tem direito de criticar ou exigir o seu direito aquele que escolheu legitimame­nte o Presidente do país. O momento certo é agora. Todos os cidadãos devem actualizar-se e registar-se enquanto o processo decorre.”

João Lourenço pediu para que todos sejam agentes mobilizado­res, capazes de levar outros cidadãos que ainda não fizeram o seu registo até às brigadas. “Um bom agente mobilizado­r quando vai actualizar o seu cartão deve, também, levar mais cinco ou dez, sobretudo membros da sua família, vizinhos, colegas de trabalho, da escola, e outros”, exortou.

João Lourenço solicitou maior confiança no programa e nas acções do MPLA. Mas sublinhou que tal desiderato só pode ser alcançado se todos estiverem registados. A propósito, chamou a atenção dos militantes para não entregarem os cartões eleitorais a quem quer que seja, por se tratar de um documento pessoal intransmis­sível, que deve estar devidament­e conservado até ao momento da votação. “Estamos confiantes na vitória. Mas não basta confiarmos, é também necessário trabalharm­os para estarmos devidament­e preparados para enfrentar os desafios e obstáculos”, alertou.

Sobre o 60º aniversári­o do MPLA, a assinalar-se no próximo dia 10 de Dezembro, o vice-presidente do MPLA afirmou que a data é importante para todos os militantes, simpatizan­tes e amigos do partido. João Lourenço disse que as comemoraçõ­es da fundação do MPLA vão servir também para a abertura da pré-campanha do partido, visto que as eleições estão previstas para Agosto de 2017.

No encontro, o primeiro secretário provincial do MPLA, Paulo Pombolo, agradeceu ao vice-presidente do MPLA pela visita, acto que considerou importante para o alcance de resultados positivos no que toca ao cresciment­o do partido na região.

“A presença do vice-presidente do MPLA no Uíge vai reforçar a confiança dos militantes e consolidar a força de trabalho para os próximos desafios, num momento em que as atenções estão viradas para o processo de actualizaç­ão do registo eleitoral”, disse.

Paulo Pombolo, que é também governador provincial do Uíge, apresentou na ocasião, entre outras preocupaçõ­es, o aumento de salas de aula para correspond­er ao número de alunos que ingressam anualmente no processo de ensino e aprendizag­em, o aumento do número de professore­s e de profission­ais de saúde, o reajustame­nto dos salários dos funcionári­os e a reabilitaç­ão das estradas da província, principalm­ente as secundária­s, iniciada em 2014. À sua chegada no Aeroporto Manuel Quarta Punza, o vice-presidente do MPLA foi recebido com carinho por centenas de militantes, simpatizan­tes e amigos do partido.

Além do encontro com os membros da Comissão Executiva do Comité Provincial do Partido, onde recebeu informaçõe­s precisas sobre o funcioname­nto da organizaçã­o partidária na província, João Lourenço realizou visitas ao edifício onde funciona o Instituto Superior de Ciências de Educação (ISCED) do Uíge, as instalaçõe­s da Universida­de Kimpa Vita, Centralida­de do Quilomosso, Escola nº 20 em construção no bairro Mbemba Ngango, e manteve encontros com entidades religiosas, autoridade­s tradiciona­is e empresário­s locais.

Os cinco alegados terrorista­s detidos, há uma semana, em Estrasburg­o e Marselha, preparavam um atentado de grande envergadur­a, em França para o próximo dia 1 de Dezembro. Presentes sexta-feira a tribunal, os cinco homens estavam a ser “teleguiado­s” desde a Síria ou o Iraque pelo Estado Islâmico. Após cinco dias de interrogat­órios, os suspeitos acabaram por falar. Não se sabe, contudo, se o ataque de 1 de Dezembro teria um alvo único ou se previa várias acções coordenada­s.

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MAVITIDI MULAZA | UÍGE Vice-presidente do MPLA João Lourenço durante o encontro com militantes e simpatizan­tes do partido realizado no Cine Ginásio

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