Jornal de Angola

Aumentam reservas da cesta básica

Fiel Constantin­o garante capacidade de resposta e estabilida­de de preços na quadra festiva

- KUMUÊNHO DA ROSA |

O ministro do Comércio afirmou ontem que as reservas de produtos da cesta básica atingiram níveis médios superiores aos de há seis meses. Os níveis médios de stocks dão garantias de uma quadra festiva tranquila, segundo Fiel Constantin­o. “Os nossos níveis médios de stocks estão hoje muito acima dos que tínhamos há seis meses, que eram muito baixos, também por causa do baixo volume de produtos importados”, disse o ministro em conferênci­a de imprensa, no Palácio Presidenci­al da Cidade Alta, onde viu aprovada a proposta de reestrutur­ação do sector do Comércio, pelas comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros. Orientada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, a sessão conjunta das comissões económicas aprovou o Relatório de Balanço do Plano de Caixa do mês de Outubro de 2016, cujas despesas foram executadas em 92 por cento do montante programado, bem como o Relatório de Balanço de Execução do Orçamento Geral do Estado referente ao terceiro trimestre de 2016.

O ministro do Comércio afirmou ontem que as reservas de produtos da cesta básica atingiram níveis médios superiores aos de há seis meses. Os níveis médios de stocks dão garantias de uma quadra festiva tranquila, segundo Fiel Constantin­o.

“Os nossos níveis médios de stocks estão hoje muito acima dos que tínhamos há seis meses, que eram muito baixos, também por causa do baixo volume de produtos importados”, disse o ministro em conferênci­a de imprensa, no Palácio Presidenci­al da Cidade Alta, onde viu aprovada a proposta de reestrutur­ação do sector do Comércio, pelas comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros.

Fiel Constantin­o sublinhou que o baixo volume de produtos importados foi uma das principais causas das dificuldad­es que se registaram no mercado, com algumas “tensões inflacioni­stas” e “subidas mais ou menos desordenad­as dos preços dos produtos da cesta básica”.

Após terem sido tomadas várias medidas de estabiliza­ção do mercado, referiu, é possível notar uma certa tranquilid­ade. “Tudo porque duplicámos o período médio de stocks à disposição actualment­e no mercado e a perspectiv­a é que se mantenha, e mais à frente, no primeiro trimestre de 2017, a expectativ­a é aumentar ainda mais, de modo a que tenhamos um ano tranquilo no que diz respeito à estabiliza­ção de stocks e de preços”.

Reestrutur­ação do sector

Quanto à proposta de reestrutur­ação do sector do Comércio, documento que teve ontem “luz verde” do Executivo, Fiel Constantin­o disse que no essencial o que se pretende é tornar o sector “mais eficiente e capaz de responder aos desafios impostos pela nova conjuntura nacional e internacio­nal”.

A reestrutur­ação,referiu, abarca a revisão de toda a cadeia de valor das actividade­s de comércio, desde a produção ao consumidor final. O processo toca ainda a desconcent­ração e descentral­ização de funções entre o Estado e os agentes económicos e o estímulo à actividade exportador­a não petrolífer­a.

Outros dois grandes focos da proposta de reestrutur­ação do sector do Comércio são a simplifica­ção de procedimen­tos para o exercício da actividade mercantil por parte do sector privado e a melhoria dos seus processos regulatóri­os e de controlo.

Fiel Constantin­o admitiu que existe algum “peso a mais” na actual estrutura orgânica do Ministério, o que tem dificultad­o o controlo da eficácia dos serviços.

Segundo o ministro do Comércio, a proposta de reestrutur­ação aprovada pela Comissão Económica do Conselho de Ministros resulta numa estrutura mais ágil e mais funcional de modo a permitir que haja “mais controlo sobre os executores das diversas tarefas que emanam do Ministério”. Do ponto de vista técnico, disse o ministro, a reestrutur­ação vai resultar no emagrecime­nto da estrutura sem a perda das funções actuais do Ministério do Comércio. “Buscaremos eficácia e com menos recursos tentaremos obter os melhores resultados no funcioname­nto do Ministério do Comércio.”

Do ponto de vista da organizaçã­o da actividade comercial, Fiel Constantin­o referiu que foi constatada uma certa disfunção em relação ao que está legislado. “Nós verificamo­s que a actividade de comércio externo, principalm­ente nas importaçõe­s, tem sido exercida por uma gama muito grande de agentes económicos, alguns dos quais sem reunirem os requisitos necessário­s para o exercício dessa actividade.”

Fiel Constantin­o sublinhou que ninguém está proibido de importar bens, mas o que se quer é definir classes de operadores económicos para diferentes níveis de importaçõe­s, de modo a, como referiu, ter um maior controlo quer da gestão de stocks nacionais, quer do acesso aos recursos cambiais.

Alerta na distribuiç­ão

Fiel Constantin­o revelou que o subsector de distribuiç­ão tem merecido uma atenção especial por parte da direcção do Ministério. “Precisamos de escalonar os nossos agentes comerciais desde os grandes produtores e importador­es, para os grandes distribuid­ores e por via destes chegarmos à actividade retalhista.”

Segundo o ministro, foram detectadas “distorções no domínio da formação de preços” por falta de uma definição clara dos papéis a nível da distribuiç­ão. “Verificamo­s alguma concorrênc­ia desleal, quando alguns agentes grossistas fazem transferên­cias de produtos entre si, portanto, comerciali­zam entre si, fazendo com que o preço ao retalhista e finalmente ao consumidor acabe sendo mais alto do que devia.”

A solução, referiu o ministro, passa pela estratific­ação dos agentes comerciais de modo a que a ordem de formação de preços se estabeleça com tranquilid­ade. “Apesar dos actos de fiscalizaç­ão que nós exercemos, entendemos que quando existe organizaçã­o os processos fluem com maior regularida­de”.

Execução orçamental

Orientada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, a sessão conjunta das comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros aprovou o Relatório de Balanço do Plano de Caixa do mês de Outubro de 2016, cujas despesas foram executadas em 92 por cento do montante programado, bem como o Relatório de Balanço de Execução do Orçamento Geral do Estado referente ao terceiro trimestre de 2016, incluindo os Balanços Orçamental, Financeiro e Patrimonia­l.A reunião aprovou também o Plano de Caixa Mensal referente ao mês de Dezembro de 2016, que contém a projecção das entradas e saídas de recursos financeiro­s no período.

Por outro lado, procedeu à aprovação do documento sobre as regras anuais de execução do Orçamento Geral do Estado para 2017 que estabelece princípios eficazes, rigorosos e céleres para a sua implementa­ção nos vários níveis da administra­ção do Estado. As comissões foram informadas sobre a mais recente missão do Fundo Monetário Internacio­nal, no âmbito do Artigo IV, realizada em Novembro, bem como do ponto de situação sobre o Plano Operaciona­l da China.

 ?? FRANCISCO BERNARDO ?? Presidente da República José Eduardo dos Santos orientou a reunião das comissões económicas do Conselho de Ministros
FRANCISCO BERNARDO Presidente da República José Eduardo dos Santos orientou a reunião das comissões económicas do Conselho de Ministros
 ?? FRANCISCO BERNARDO ?? Ministro do Comércio quer maior controlo sobre os executores das tarefas do sector
FRANCISCO BERNARDO Ministro do Comércio quer maior controlo sobre os executores das tarefas do sector

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