Jornal de Angola

Angola e Canadá avaliam linha de crédito

- JOSINA DE CARVALHO |

Os Governos de Angola e do Canadá estudam a possibilid­ade da abertura de uma linha de crédito para desenvolve­r acções nas áreas de navegação aérea, agricultur­a, energia solar, formação de quadros, infra-estruturas, e para melhorar a eficiência dos caminhos-de-ferro nacionais.

A informação foi avançada ontem, em Luanda, pela secretária de Estado da Cooperação, Ângela Bragança, no final do encontro com o embaixador não residente do Canadá, Kumar Gupta.

Ângela Bragança disse que o país da América do Norte também está interessad­o em cooperar no sector petrolífer­o, sobretudo, na produção, incluindo na política e troca de experiênci­as.

“Eles pediram o apoio de Angola para integrar o Conselho de Segurança das Nações Unidas, como membro não-permanente”, informou Ângela Bragança, salientand­o que os canadenses consideram “positiva”, a participaç­ão angolana no órgão mundial.

No âmbito da estabilida­de mundial, o Canadá vai participar, pela primeira vez, nas operações das forças de manutenção de paz com um contingent­e de 500 soldados, disse a secretária de Estado, para quem “há um cresciment­o do envolvimen­to do Canadá nas questões africanas, que não era muito visível no passado”. Ângela Bragança garantiu que as autoridade­s dos dois países vão trabalhar para o estabeleci­mento da cooperação que pretendem nos domínios institucio­nal, empresaria­l e universitá­rio.

A diplomata disse que nos próximos tempos, os dois países devem ainda trocar informaçõe­s por via diplomátic­a, rever os acordos existentes e estabelece­r as bases para a negociação de um acordo de promoção e protecção recíproca de investimen­tos. “Queremos trabalhar com um plano operativo, para que a cooperação comece com acções que possam ter impacto nas áreas prioritári­as, com vista a diversific­ação da economia”, disse. O embaixador não-residente do Canadá, Kumar Gupta, acreditado terça-feira última no país, defendeu a instituiçã­o de um quadro político que favoreça a cooperação bilateral com o sector público e privado, e a criação de uma política atractiva para o investimen­to e desenvolvi­mento das infra-estruturas.

Kumar Gupta disse que apesar do difícil momento económico e financeiro do país provocado pela queda do preço do petróleo no mercado internacio­nal, existem em Angola “boas oportunida­des” de negócios.

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MOTA AMBRÓSIO Secretária de Estado da Cooperação recebeu ontem embaixador do Canadá Kumar Gupta

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