Museu de Antropologia ganha depósito
PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA
O Depósito Central do edifício principal do Museu Nacional de Antropologia, avaliado em 194 milhões de kwanzas, permite melhorar a conservação das peças, disse, ontem em Luanda, o secretário de Estado da Cultura, João Domingos Constantino.
A construção do edifício, com quatro pisos, faz parte do Programa de Investimento Público (PIP), com fundos públicos, garantiu o secretário de Estado, que aproveitou o acto de inauguração para realçar que o Depósito do Museu do Dundo vai ser inaugurado em 2017. João Domingos Constantino reconheceu que o projecto permite dar uma nova dinâmica às actividades realizadas no museu, aumenta o número de visitantes e incentiva a pesquisa.
O governante disse que desta forma estão criadas as condições para se aumentar o nível de conhecimento dos angolanos e estrangeiros, sobre os espólios etnográficos que descrevem o quotidiano dos diferentes grupos etnolinguísticos de Angola.
A vice-governadora de Luanda para área Política e Social reconheceu ser mais um ganho, particularmente para os citadinos da cidade capital, por permitir e dar a possibilidade de aumentar o conhecimento sobre a história do país.
Jovelina Imperial explicou ser uma oportunidade dos estudantes alargarem os conhecimentos sobre a riqueza e a diversidade das colecções existentes no museu, dos principais grupos etnolinguísticos de Angola, produção material e imaterial, às criações artísticas e culturais dos povos que de certa forma descrevem o seu quotidiano.
Apelou a conservação do mesmo e que consiga cumprir com os objectivos para o qual foi construído em benefícios de todos os angolanos. “Esperamos que agora os estudantes e pesquisadores possam com maior frequência procurar o museu para aumentarem os seus conhecimentos sobre a História de todos nós.”
Necessidades do museu
O director do Museu da Antropologia disse que apesar de ter existido um investimento no domínio da formação de quatros, a instituição necessita de mais técnicos na área da conversação preventiva, intensiva (curativa), historiadores, sociólogos, antropólogos e linguísticos, de maneira a dar respostas ao números de visitantes que procuram os serviços do museu.
Álvaro George explicou que até ao final do ano a instituição museológica está num processo de criação de condições da exposição do seu acervo e acomodação, para prestar um melhor serviço público a partir do primeiro trimestre de 2017. Na nova infra-estrutura, disse, estão expostas três mil peças das seis mil que pode albergar. O Depósito Central, contíguo ao edifício principal do Museu Nacional de Antropologia, localizado na Baixa de Luanda, é um espaço indispensável para a conservação da maior parte das colecções do museu que lhe permite diversificar as suas ofertas educativas através das exposições temporárias.
Álvaro George reconheceu que o funcionamento do Depósito Central, bem como as condições de preservação e segurança do acervo, não devem servir somente a geração que o constituiu mas também as gerações à frente, pelo que todos os meios devem ser empregues para que as colecções durem muitos séculos.
O Depósito Central
O novo edifício é constituído por uma fachada arrojada de ventilação natural. Este conceito de fachada proporciona um bom isolamento térmico, reduzindo os gastos energético, com temperaturas internas mais amenas. O ruído externo é reduzido e as vantagens são muitas na melhoria significativa do conforto do edifício.
O Depósito pretende ser uma extensão contemporânea ao conjunto clássico existente, por formas a garantir a harmonia das partes ao nível formal e de utilização. O edifício é dividido em quatro pisos. Tem o espaço do estacionamento, áreas técnicas (cisternas, grupo gerador, depósito de gasóleo e quadro geral de electricidade).
Tem um acesso fácil para a carga e descargas ao monta-cargas e uma comunicação de serviço para o edifício que deve estar em consonância com a ligação ao Museu Nacional de Antropologia.