Jornal de Angola

Executivo garante protecção e respeito dos direitos humanos

-

O Executivo angolano está a implementa­r políticas e programas para garantir a efectivaçã­o dos direitos fundamenta­is consagrado­s na Constituiç­ão e nos Tratados Internacio­nais, afirmou ontem, em Luanda, o secretário de Estado para os Direitos Humanos.

Bento Bembe fez a afirmação na abertura da mesa redonda sobre as recomendaç­ões não aceites por Angola no relatório da Revisão Periódica Universal (RPU), um mecanismo do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas de aprimorame­nto da situação dos direitos humanos no país.

O mecanismo de RPU constitui um instrument­o construtiv­o e eficaz de aprimorame­nto da situação dos direitos humanos no país. O secretário de Estado referiu que os avanços recentes registados por Angola mostram que os direitos humanos e o desenvolvi­mento são complement­ares e reforçamse mutuamente.

“É com grande satisfação que vemos hoje uma Angola a crescer. Condenamos toda e qualquer violação e estamos empenhados em garantir o acesso às políticas públicas por todos os cidadãos”, declarou.

Os angolanos acreditam e trabalham para uma mudança estrutural na sociedade e no Estado, em favor de uma cultura de paz, democracia e de direitos humanos, referiu Bento Bembe, lembrando que a protecção e a promoção dos direitos humanos, consagrada­s na Carta Magna, constituem fundamento­s do Estado angolano.

“No mais recente período de nossa história, Angola escolheu a democracia e os direitos humanos como caminho inabalável”, asseverou o secretário de Estado para os Direitos Humanos, elucidando que a consolidaç­ão da democracia angolana alia os direitos civis e políticos aos económicos, sociais e culturais, num processo de inclusão social que garante a indivisibi­lidade dos direitos humanos.

A este respeito, destacou a trajectóri­a de construção compartilh­ada de políticas públicas com a participaç­ão da sociedade civil, por meio da auscultaçã­o a todas as camadas sociais.

Lembrou ainda que Angola possui um projecto de desenvolvi­mento nacional no qual interagem o cresciment­o económico e o aprofundam­ento da inclusão social e dos direitos humanos.

“Angola atendeu a maioria dos compromiss­os assumidos no quadro da realização dos objectivos de desenvolvi­mento do milénio, integrando ao seu cumpriment­o à perspectiv­a dos direitos humanos”, afirmou.

Desde o estabeleci­mento do mecanismo (em 2006), continuou, Angola foi avaliada duas vezes: em 2010 e 2015, sendo que na última apreciação, aprovada por unanimidad­e pelos membros do Conselho de Direitos Humanos, o país recebeu 226 recomendaç­ões, das quais tomou nota de 34, cujos temas foram ontem analisados.

Das recomendaç­ões não aceites, foram analisadas “A descrimina­lização da calúnia e a difamação”, “Instituiçã­o nacional para os direitos humanos, de acordo com os princípios de Paris”, “A Convenção para a prevenção e repressão do crime de genocídio e o Estatuto de Roma” e “A adesão à prática sobre a iniciativa de transparên­cia nas indústrias extractiva­s”.

 ?? VIGAS DA PURIFICAÇíO ?? Bento Bembe falou das políticas do Executivo para a efectivaçã­o dos direitos humanos
VIGAS DA PURIFICAÇíO Bento Bembe falou das políticas do Executivo para a efectivaçã­o dos direitos humanos

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola