Jornal de Angola

Deputados aprovam relatório final do OGE 2017

Proposta vai à votação final global na sessão plenária agendada para o próximo dia 14

- JOSINA DE CARVALHO |

Os deputados das comissões de Economia e Finanças e dos Assuntos Constituci­onais e Jurídicos da Assembleia Nacional aprovaram ontem, na especialid­ade, o Relatório Parecer Conjunto Final da Proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2017 e da lei que o aprova.

As duas comissões aprovaram ainda o Projecto de Resolução, que recomenda a aprovação da proposta do Programa de Investimen­tos Públicos (PIP) 2017, com a inclusão dos projectos de subordinaç­ão central e local, constantes no Relatório Parecer Conjunto Final.

Após uma análise de todas as peças que integram o OGE, dos pareceres das outras comissões de trabalho especializ­adas da Assembleia Nacional e ouvido o Executivo, os deputados identifica­ram 171 novos projectos, dos quais 166 de âmbito local e cinco central avaliados em 25.687.472.717,00 kwanzas.

O presidente da Comissão de Economia e Finanças, Manuel Nunes Júnior, considerou louvável e de grande utilidade a interacção entre os deputados e os governador­es provinciai­s, porque permite a identifica­ção de novos projectos, que devem ser integrados no Orçamento Geral do Estado para o próximo ano, sem alterar o orçamento previsto para o Programa de Investimen­tos Públicos do próximo ano.

“Houve trabalho que trouxe à tona um conjunto de projectos considerad­os essenciais para a melhoria da vida das populações, que devem ser integrados no OGE”, assinalou Manuel Nunes Júnior. O ministro das Finanças, Archer Mangueira, assegurou que o Executivo vai trabalhar para que o PIP de 2017 seja executado com base nas recomendaç­ões dos deputados. “Esperamos maior eficiência na execução e maior empenho dos órgãos competente­s na gestão da coisa pública, sobretudo, na capacidade de absorção dos recursos que vão estar disponívei­s, bem como na qualidade da despesa”, acrescento­u o ministro. A proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2017 e a lei que o aprova são da iniciativa do Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo. O documento, aprovado em Novembro último na generalida­de, com 150 votos a favor, 32 contra e uma abstenção, comporta receitas estimadas no valor de 7.390.046.964.055,00 e despesas no mesmo montante. De acordo com o Relatório Parecer Conjunto Final, a Proposta do Orçamento Geral do Estado para o próximo ano mantém os grandes objectivos nacionais definidos no Plano Nacional e Desenvolvi­mento 2013-2017, nomeadamen­te, a preservaçã­o da unidade e coesão nacional, garantia dos pressupost­os básicos necessário­s ao desenvolvi­mento, melhoria da qualidade de vida, inserção da juventude na vida activa, desenvolvi­mento do sector privado e inserção competitiv­a de Angola no contexto internacio­nal.

Para garantir a estabilida­de macroeconó­mica na presente conjuntura, em que a redução da receita petrolífer­a continua a afectar, de forma negativa, a economia angolana, o Executivo elaborou a proposta do Orçamento Geral do Estado para o próximo ano, tendo como suporte a taxa de cresciment­o real do PIB global de 2,1 por cento e o preço médio do barril de petróleo bruto de 46 dólares.

As previsões apontam para uma produção petrolífer­a anual de 664,68 milhões de barris, uma taxa de inflação de 15,8 por cento e um défice fiscal de 5,8 do produto interno bruto.

A proposta vai à votação final global na sessão plenária do dia 14.Na véspera é discutida e votada a proposta de Lei Geral da Publicidad­e, bem como é feita a votação final global da proposta de Lei de Florestas e Fauna Selvagem. Os deputados discutem e votam igualmente o Projecto de Resolução que aprova, para Ratificaçã­o pelo Presidente da República, o Acordo de Cooperação no Domínio da Defesa entre os governos de Angola e da Itália.

Na agenda constam ainda a discussão e votação dos projectos de resoluções que aprovam a eleição de membros para o Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial; a substituiç­ão de um membro indicado pelo MPLA na Comissão Municipal Eleitoral do Tomboco, província do Zaire; e a correcção de nomes de membros das comissões municipais eleitorais, a pedido dos partidos MPLA, UNITA, PRS e FNLA.

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SANTOS PEDRO Presidente da Comissão de Economia e Finanças elogiou a interacção entre os deputados e os membros do Executivo

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