Jornal de Angola

Acções conjuntas contra o terrorismo

- ADALBERTO CEITA |

Angola defende uma acção conjunta e conjugada dos países africanos para poderem enfrentar, com êxito, os riscos de ameaças que proliferam em diversas partes do mundo.

De acordo com o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, general de Exército Geraldo Sachipengo Nunda, assiste-se hoje a uma disputa das potências mundiais por posições geo-estratégic­as e políticas que lhes confiram uma supremacia. No seu entender, esses aspectos são sentidos por todos e afectam grandement­e o desenvolvi­mento dos países africanos, o que exige um controlo eficaz por parte dos órgãos de defesa e segurança do continente.

“Só uma acção conjunta e conjugada permitirá enfrentar esses fenómenos com êxito”, disse Geraldo Sachipengo Nunda, ao discursar na abertura do encontro dos chefes de Estado-Maior General que preparou a 2ª Reunião dos Ministros da Defesa das Nações Voluntária­s da Capacidade Africana de Reacção Imediata a Crises (CARIC), que decorre em Luanda.

O chefe do Estado-Maior General das FAA espera que a reunião venha a constituir um novo marco para a organizaçã­o e espera também que todas as incompreen­sões em disputa à volta da criação da CARIC possam ser dissipadas para o bem mais nobre da causa do continente, que é a paz.

“A nossa presença nesta sala é a prova inequívoca da importânci­a que têm para cada um dos nossos Estados e para a União Africana as questões de defesa e segurança continenta­l”, disse. Geraldo Sachipengo Nunda lembrou que a reunião acontece numa época de dificuldad­es, atendendo à crise económica, financeira e social a nível mundial, e os riscos de ameaças que proliferam em diversos países.

O chefe do Estado-Maior da CARIC, general-de-corpo-de-Exército Mahamat Brahim, realçou os avanços significat­ivos até aqui conseguido­s pela organizaçã­o. Não obstante as inúmeras dificuldad­es existentes, apelou aos Estados-membros a redobrarem esforços no sentido de tornarem a CARIC uma força cada vez mais operaciona­l.

“A reunião dos chefes de EstadoMaio­r General tem como objectivo elaborar o plano de trabalho da CARIC conforme a decisão dos Chefes de Estado e de Governo realizada em Addis Abeba, Etiópia, nos meses de Dezembro de 2015 e Janeiro de 2016”, disse.

Mahamat Braham pediu particular atenção na análise do relatório a ser submetido à Reunião dos Ministros de Defesa dos Estadosmem­bros da CARIC.

No âmbito da CARIC, a 70ª Brigada de Infantaria Motorizada, na localidade­do Vale do Paraíso, em Caxito, província do Bengo, acolheu, em Agosto último, o exercício de posto de comando “Utulivu África II”. O mesmo visou aprimorar a missão do Estado-Maior com o Comando do Estado Superior.

Hoje, o programa de trabalho reserva a Reunião dos Ministros da Defesa dos países membros. Concebida em 2013, como um mecanismo transitóri­o de paz, integram as “Nações Voluntária­s” a África do Sul, Angola, Argélia, Benin, Burkina Faso, Egipto, Moçambique, Níger, Ruanda, Senegal, Sudão, Tanzânia, Chade e o Uganda. Angola é neste momento o comando das operações de apoio à paz na União Africana.

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EDUARDO PEDRO Chefe do Estado-Maior General das FAA discursou na abertura da reunião de peritos

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