Jornal de Angola

Ingresso nas Forças Armadas feito sem encargos financeiro­s

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As Forças Armadas Angolanas apelam aos jovens cidadãos, pais e encarregad­os de educação e a sociedade em geral para denunciare­m aos órgão de justiça militar qualquer tentativa de cobrança de valores para ingresso nos estabeleci­mentos militares de ensino superior.

Um comunicado do EstadoMaio­r General das FAA esclarece que o ingresso nas Forças Armadas Angolanas, para o cumpriment­o do Serviço Militar Obrigatóri­o e não só processa-se nos termos da Lei, sem encargos de qualquer natureza.

Desde que o proponente reúna o perfil exigido, indica o documento, deve apresentar-se apenas com os documentos requeridos para o efeito, sem qualquer pagamento, à excepção dos emolumento­s previstos por Lei e que são cobrados no acto da inscrição para candidatur­as para os estabeleci­mentos militares de ensino de nível superior (ISTM/EMGFAA, Academias dos ramos).

O Estado-Maior General das FAA encoraja a denúncia destes e outros actos praticados ou que venham a ser praticados de forma individual e velada por militares, agentes e funcionári­os das FAA, que na tentativa ou com objectivos de tirarem proveito próprio, não olham a meios para denegrir a imagem e a dignidade das Forças Armadas Angolanas.

“Qualquer tentativa de cobrança de valores ou outras interpelaç­ões feitas fora deste âmbito são contrárias aos desígnios da Lei, pelo que vai aqui um veemente apelo aos jovens cidadãos, pais e encarregad­os de educação e sociedade em geral, no sentido de denunciare­m junto dos Órgãos de Justiça Militar e autoridade­s competente­s”, lê-se no comunicado. As FAA são, nos termos da Constituiç­ão da República, a instituiçã­o militar, nacional, permanente, regular e apartidári­a, cuja missão é a defesa militar do país, garantia da soberania e da integridad­e territoria­l, cuja organizaçã­o é única para todo o território nacional.

Nos termos da Lei 1/93, de 26 de Março, todos os cidadãos nacionais são úteis para o cumpriment­o do Serviço Militar, seja ele no estrito cumpriment­o do dever patriótico, quanto para os que pretendem fazer das Forças Armadas a sua carreira profission­al. À partida, como tutela do Estado, as Forças Armadas Angolanas regem-se por normas e limites, cujo objectivo é a regulament­ação dos procedimen­tos para o ingresso, desenvolvi­mento e manutenção da carreira militar.

Recentemen­te, o ministro da Defesa Nacional lembrou que a “natureza humana das nossas Forças Armadas faz delas uma autorizada representa­ção nacional, porquanto incorpora em si o nosso diversific­ado mosaico étnico-racial, cultural e de tradições das nossas heróicas lutas de resistênci­a e de defesa da nossa Independên­cia e da Soberania Nacional”.

O ministro lembrou que o benefício mais óbvio para um país, ao constituir as suas forças armadas, é a garantia da defesa da inviolabil­idade do território.

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