MINISTRO DA ENERGIA E ÁGUAS Aumento anual do consumo de l atinge os 23 por c
O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, esclareceu ontem, em plena Barragem de Cambambe, no Cuanza Norte, que as razões dos constantes apagões aos fins-de-semana têm a ver com o aumento em grande escala do consumo, nesta época quente, além dos ensaios decorrentes da montagem de novos equipamentos na Central 1 e 2 daquele empreendimento eléctrico. A central 2, em fase de testes, deve reunir uma capacidade instalada de 700 megawatts, juntandose aos 180 da central 1.
O ministro falava na conferência de imprensa organizada pelo Gabinete de Revitalização da Comunicação Institucional e Marketing da Administração (GRECIMA) e colocou a nu os problemas existentes actualmente no sistema energético nacional, mas revelou que o futuro é de estabilidade e de incremento da capacidade de produção com a entrada em funcionamento de mais dois grandes projectos eléctricos: a Central do Ciclo Combinado do Soyo e a Barragem de Laúca. “Queremos fornecimento integral de energia, 24 sobre 24 horas”, disse.
Luanda regista actualmente um aumento da taxa média de consumo de cerca de 23 por cento/ano. Este quadro resulta do crescimento e expansão da cidade de Luanda, que agora tem mais de seis milhões de habitantes. Em face disso, só no próximo ano, prevê-se o aumento de mais 600 mil consumidores com o emergir de novos bairros e novos edifícios, entre outros factores.
O ministro João Baptista Borges reconheceu os constrangimentos que as repetidas falhas de energia provocam à vida do cidadão e fez um pedido de desculpas. “Pedimos desculpas”, expressou o ministro, que apelou à poupança de energia e combate ao desperdício para que seja possível equilibrar mais e mais a distribuição e cobrar o preço justo. Para tal, prometeu a massificação da instalação de contadores, um processo cuja implementação se situa na ordem dos 30 por cento.
Com as obras de modernização, montagem de equipamento de última geração e de alteamento da Barragem de Cambambe para mais de 30 metros, os níveis de produção da Central 1 e 2 devem passar dos actuais 180 para os 960 megawatts.
De volta aos apagões, o ministro justificou que o motivo dos mesmos tem a ver, por um lado, com a elevação dos picos no consumo, principalmente em vésperas da quadra festiva, ocasião em que concorrem também a elevação das temperaturas. Tudo isso leva a que as pessoas liguem os aparelhos de ar condicionado, provocando maior consumo. A actual disponibilidade de produção de 180 megawatts, que é fixa, não acompanha o aumento de consumo, o que agrava ainda mais o défice existente. Daí que se registem mais restrições e a ocorrência de apagões.
Cobertura do défice
João Baptista Borges esclareceu que a cobertura do défice passa pelo aumento da oferta de energia. A melhoria só se vai verificar com a entrada em funcionamento dos grandes empreendimentos em construção, com realce para Cambambe que vai passar de uma capacidade instalada de 180 megawats para 960 megawats, contando com as suas centrais 1 e 2. A conclusão do empreendimento eléctrico está para final deste ano.
A Cambambe juntam-se os gigantes Laúca, que deve contribuir com mais 600 megawatts para o