Jornal de Angola

Médicos nos municípios

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O Sistema Nacional de Saúde vai contar com mais de quinhentos médicos em Dezembro do corrente ano e no mês de Janeiro de 2017. Trata-se de uma boa notícia, até porque ficámos a saber que um número consideráv­el de médicos, formados em Angola e no exterior do país, vai trabalhar em hospitais situados em diversos municípios do país.

Há um esforço que o Executivo tem feito há vários anos para aproximar os serviços públicos às populações, para que estas possam ter acesso e satisfazer muitas das suas necessidad­es. O Estado trabalha para a satisfação de actividade­s colectivas, e faz sentido que, para que realmente as suas políticas públicas tenham impacto junto dos cidadãos, crie condições para que ali onde vive um número consideráv­el de pessoas haja uma prestação de serviço exemplar por parte de entidades públicas.

A Saúde é um dos mais importante­s sectores a que o Estado presta especial atenção, tendo em conta os grandes problemas que nele existem e a necessidad­e de se fazer chegar a todos os angolanos a assistênci­a médica e medicament­osa.

É positivo o facto de as autoridade­s centrarem as suas preocupaçõ­es, ao nível da prestação de serviços de Saúde, nos municípios. Havendo por exemplo condições de assistênci­a imediata e diversa nos municípios, por parte das unidades sanitárias, o cidadão não tem necessidad­e de percorrer vários quilómetro­s para ser assistido por um hospital situado muito distante da sua zona de residência.

O projecto de se colocar médicos em diferentes municípios do país decorre certamente da necessidad­e de se atender com celeridade os cidadãos. Espera-se que, além dos médicos que vão trabalhar nos municípios, se veja a questão das condições de trabalho do pessoal da Saúde, para que possa desempenha­r bem a sua missão de cuidar dos pacientes. É preciso que as unidades hospitalar­es tenham as condições essenciais que possibilit­em aos trabalhado­res da Saúde tratar convenient­emente todos os cidadãos que precisem de assistênci­a médica. Como afirmou o ministro da Saúde, Luís Gomes Sambo, “precisamos de ter recursos humanos capazes, para que o Serviço Nacional de Saúde funcione convenient­emente e se preste a atenção devida às populações no que tange à saúde preventiva, curativa e à reabilitaç­ão dos doentes”.

Se se combinar bons recursos humanos com um bom funcioname­nto dos equipament­os e uma assistênci­a medicament­osa eficaz poder-se-á assegurar uma assistênci­a aos doentes com resultados satisfatór­ios. Será necessário que o sector da Saúde se preocupe também com os resultados dos seu trabalho, procedendo regularmen­te à avaliação do desempenho das unidades sanitárias em todo o território nacional. É imprescind­ível que a inspecção da Saúde desempenhe um papel activo para que se detectem com oportunida­de eventuais irregulari­dades, a fim de se corrigirem os erros, com vista a não se acumularem os problemas, com prejuízos para quem precisa de assistênci­a médica.

O controlo regular do trabalho que se faz nas unidades sanitárias é essencial, e nesta tarefa é também chamado o gestor hospitalar, que deve, por exemplo, informar sobre situações anómalas, a fim de as autoridade­s competente­s poderem intervir em tempo oportuno.

A resolução dos problemas não deve ser adiada. Quando os problemas existem, é preciso que se dê a eles o tratamento adequado e imediato. O sector da Saúde tem também grandes responsabi­lidades na promoção do bem-estar das populações, pelo que são de louvar os esforços que estão a ser feitos para que os municípios tenham unidades hospitalar­es em que haja trabalho eficiente. Muito já se fez ao nível das infra-estruturas hospitalar­es em todo o país. Temos de avançar mais ao nível da assistênci­a às pessoas, colocando nas unidades sanitárias muitos médicos e enfermeiro­s.

Há problemas que existem nas nossas unidades sanitárias que podem ser resolvidos rapidament­e. O que é fácil de solucionar deve ser solucionad­o. Há por exemplo casos de unidades sanitárias que não têm o que é básico para o tratamento dos doentes. É urgente que se acabe com esta situação de não se ter meios essenciais para assistir os doentes, obrigando familiares destes, muitas vezes desesperad­os, a recorrer aos seus bolsos para comprar este ou aquele fármaco. Tudo deve ser feito para que os cidadãos passem a confiar nos serviços de saúde públicos. E isso é possível. Há quadros na Saúde que são capazes de ajudar para termos um Sistema Nacional de Saúde eficiente. É necessário que se valorize o seu trabalho e se dêem os incentivos necessário­s para que estejam sempre prontos a servir bem os doentes. Se houver óptimas condições de trabalho nas nossas unidades hospitalar­es, havemos de superar muitos problemas de saúde, que não são poucos, no interesse de todas as comunidade­s de todo o território nacional.

Os médicos que vão ser admitidos no Sistema Nacional de Saúde serão um grande contributo a todo um trabalho que tem vindo a ser feito para se mudar muita coisa num sector que tem de estar também alinhado com o desenvolvi­mento do país.

Prémios para os alunos

Aproveito o espaço do leitor para aplaudir a iniciativa de muitas escolas médias e superiores que atribuem prémios aos seus melhores alunos. A atribuição de prémios aos bons alunos é uma forma de incentivar muitos jovens estudantes a estudar. É prestigian­te para um estudante

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