Sector da Indústria regista crescimento
MINISTRA APRESENTA NOVAS ESTATÍSTICAS Evolução é influenciada por medidas institucionais e elevados fluxos de capital
O sector da indústria transformadora, em franco crescimento desde 2002, conta com duas mil empresas activas, emprega 30 mil trabalhadores, representa 4,3 por cento do produto interno bruto e, entre 2009 e 2013, licenciou negócios avaliados em 1,3 mil milhões de dólares (cerca de 218 mil milhões de kwanzas), indicam dados fornecidos terça-feira pela ministra da Indústria.
Bernarda Martins, que falava num seminário institucional, declarou que estes resultados contribuíram significativamente para a evolução das indústrias de material de construção, impulsionadas pelo período de crescimento rápido dos investimentos públicos e privados nas obras públicas e na construção civil.
A ministra considerou que o sector da indústria deve ser apoiado por políticas económicas nacionais e reger-se pelas linhas estratégicas do Executivo para a saída da crise com impacto visível na diversificação da economia, substituição das importações e fomento das exportações.
É imprescindível que o Estado actue em três áreas determinantes, para o sucesso das empresas industriais, como a instituição de um quadro regulador da indústria que tenha impacto sobre a competitividade, a criação e conservação de infra-estruturas e a concepção e implementação de um sistema específico de incentivos fiscais, afirmou.
“Devemos esperar do Estado a adopção de políticas públicas que promovam a indústria nacional e a criação de investimentos legislativos, físicos e financeiros que melhorem o ambiente de negócios no país”, destacou a ministra da Indústria. Bernarda Martins solicitou que os empresários nacionais se predisponham a assumir riscos controlados e obtenham mais capacidade para superar os obstáculos, factores de que depende o futuro da indústria nacional. O presidente da Associação das Indústrias de Material de Construção de Angola (AIMCA), José Mangueira, declarou que a maior preocupação das empresas do sector é que haja mais empreitadas para que consigam produzir e obter rendimentos.
José Mangueira informou que várias empresas importaram equipamentos novos e estão com dificuldade de os pagar devido ao défice de empreitadas.
Outras, para produzirem, precisam de matéria-prima, uma vez que nem toda a que se utiliza na indústria de material de construção é de produção nacional.
AAIMCA é uma entidade colectiva de direito privado, constituída em 2015, por iniciativa de empresas de referência da indústria, e assumese como uma estrutura associativa sectorial de âmbito nacional.