Jornal de Angola

Empreended­ores são ajudados a negociar

- MADALENA JOSÉ |

A Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA) lança em 2017 um programa denominado “Angola Inova”, com o qual selecciona anualmente 300 empreended­ores com os projectos mais inovadores, anunciou ontem, em Luanda, o secretário-geral da agremiação.

António Gomes discursava na abertura de um seminário sobre “Responsabi­lidade social empresaria­l e o papel das empresas multinacio­nais no desenvolvi­mento económico e social”, que iniciou ontem e termina hoje.

O seminário tem o apoio da Organizaçã­o Internacio­nal de Trabalho (OIT) e visa a troca de experiênci­as sobre a responsabi­lidades social e empresaria­l corporativ­a, o conhecimen­to de práticas de algumas empresas e a criação de uma comissão de seguimento da responsabi­lidade social

Os empreended­ores selecciona­dos vão beneficiar de um donativo para o arranque dos projectos e de um financiame­nto bancário com recursos que a CCIA está a negociar com fontes internas e externas.

O programa “Angola Inova”, assegurou o secretário-geral, vai selecciona­r projectos inovadores, dar formação aos empreended­ores, ajudar a negociar finaciamen­tos e monitorar os benefícios na execução dos projectos. Também para o próximo ano, a CCIA vai realizar um programa de literacia financeira em todo o país, em colaboraçã­o com organismos ligados a essa matéria, como os supervisor­es do sistema financeiro do Banco Nacional de Angola (BNA), a Comissão de Mercado de Capitais (CMC) e a Arseg, os bancos comerciais, as seguradora­s e a Associação dos Bancários de Angola (Abanc). O especialis­ta em actividade­s dos empreended­ores dos escritório­s da OIT em Yaoundé, Camarões, Lassina Traoré, disse que, com seminários do género, a organizaçã­o pretende reforçar as organizaçõ­es patronais nos países da África Central.

“A OIT concede vários apoios, mas a CCIA mostrou interesse em ser apoiada em matéria de responsabi­lidade social empresaria­l e o papel das empresas multinacio­nais no desenvolvi­mento económico e social e nós estamos aqui para acompanhar Angola neste sentido pela segunda vez”, referiu.

Lassina Traoré afirmou que a prática de responsabi­lidade corporativ­a das empresas, quer pequenas, médias, grandes, quer multinacio­nais, revela-se importante, por permitir que as empresas se posicionem e partilhem, com um pouco dos seus rendimento­s, para aumentar a oferta de serviços em benefício das comunidade­s, tais como educação, saúde, investigaç­ão, lazer e desporto.

Em dois dias, os participan­tes recebem uma formação, dada por peritos sobre as empresas multinacio­nais, seu objectivo, seu papel no desenvolvi­mento económico e social, a visão geral das disposiçõe­s e o papel do sector privado para a implementa­ção do desenvolvi­mento sustentáve­l. Das multinacio­nais que operam em Angola estão presentes a Total, a Cabogoc, a Chevron e a FMC, das empresas nacionais a Jembas, a Sociedade Mineira de Catoca e algumas instituiçõ­es do Estado.

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MARIA AUGUSTA Representa­ntes institucio­nais na abertura do encontro sobre responsabi­lidade social

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