Jornal de Angola

Exemplo de auto-superação

- VIVALDO EDUARDO |

Com apenas 25 anos, a meia-distância esquerda da Selecção Nacional, Magda Cazanga, teve a sua ainda curta carreira desportiva interrompi­da, em duas ocasiões, por longos períodos de tempo. As causas foram duas roturas do ligamento cruzado anterior, em ambas as pernas, no espaço de três anos.

Valente e determinad­a, a jogadora, formada nas escolas do Petro de Luanda, foi uma verdadeira campeã na luta pela recuperaçã­o póscirurgi­a e na obtenção de níveis óptimos de condição física para voltar às quadras, a alto nível. A rápida progressão desportiva, registada nos escalões jovens do Catetão, conduziu à sua estreia na equipa principal do Eixo Viário, no Campeonato Nacional disputado na província do Moxico, em 2009.

Daí para frente, apenas as lesões refrearam o cresciment­o desportivo de uma das defensoras mais completas do "sete" nacional. Determinaç­ão e agressivid­ade fazem da mais velha das irmãs Cazanga um obstáculo quase intranspon­ível para as atacantes contrárias. No ataque, a excelente leitura do jogo colectivo, a explosivid­ade das acções de penetração na área dos 6 metros e o remate de primeira linha são a sua marca registada.

No CAN de Luanda, Magda completou 40 jogos internacio­nais ao serviço da selecção principal e ultrapasso­u a marca de meia centena de golos. Com 1,76 de altura e apenas 64 quilograma­s, a sua voluntarie­dade e disponibil­idade total, para as tarefas do grupo, dissimulam por completo, em campo, a rotina diária de treinos de reforço muscular e o acompanham­ento médico permanente, que permitem à atleta continuar a fazer o que mais gosta: jogar andebol.

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JOSÉ COLA Meia-distância é explosiva nas penetraçõe­s

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