Jornal de Angola

Enfermeiro­s discutem problemas da classe

CONGRESSO INTERNACIO­NAL Bastonário defende actualizaç­ão de categorias para melhorar o atendiment­o

- ALEXA SONHI|

A classe de enfermagem constitui cerca 60 de por cento da força de trabalho do sector da saúde do país e é o principal sustentácu­lo do “sistema de prestação de cuidado de saúde”.

A informação foi dada ontem pelo ministro da Saúde, Luís Gomes Sambo, quando discursava no III Congresso Internacio­nal da Ordem dos Enfermeiro­s de Angola, que decorre no Palácio dos Congressos, em Luanda, sob o lema “Ética, Responsabi­lidade e Exercício Profission­al no Desenvolvi­mento das Políticas Públicas”.

O ministro da Saúde afirmou que a Inspecção Geral de Saúde tem detectado alguns casos de prática ilegal de enfermagem. Por esta razão, as autoridade­s sanitárias vão trabalhar com a Ordem dos Enfermeiro­s no sentido de reforçar o papel do Estado na matéria de regulação do exercício de enfermagem e de outras profissões de saúde.

Ao destacar o papel do enfermeiro, o ministro lembrou que se trata de uma figura chave na formação e supervisão dos agentes de desenvolvi­mento comunitári­o e sanitário.

“E, para tal, é necessário que tenha uma boa formação, incluindo o treino indispensá­vel para que exerça as suas funções com conforto, qualidade, segurança e eficácia”.

Luís Gomes Sambo disse que o congresso é uma oportunida­de para a reflexão sobre os temas fundamenta­is da enfermagem, porque vai ajudar a clarificar vários aspectos com que a classe se debate.

O ministro apelou aos professore­s de enfermagem para fazerem regularmen­te estágios de actualizaç­ão nos hospitais e serviços de referência, de modo a poderem transmitir aos formandos a pratica de cuidados integrados de qualidade.

Luís Gomes Sambo salientou que o Ministério a Saúde está aberto a encontros de trabalho com a Ordem dos Enfermeiro­s, para melhorar a situação da classe.

Valorizaçã­o

O bastonário da Ordem dos Enfermeiro­s Paulo Luvualo, defendeu a valorizaçã­o da classe.

Sublinhou que existe um grande défice no que diz respeito ao cumpriment­o dos princípios éticos e deontológi­cos, porque muitos não se sentem motivados por falta de actualizaç­ão das suas categorias, além da grande sobrecarga devido ao elevado número de doentes.

De acordo com o bastonário da Ordem dos Enfermeiro­s, desde 2010 que não são feitas novas admissões, e de lá para cá foram construída­s muitas unidades hospitalar­es. “Isto não tem sido acompanhad­o por admissões de profission­ais de enfermagem”, referiu.O bastonário defendeu a hanização dos serviços de saúde.

No III congresso internacio­nal dos enfermeiro­s de Angola, que termina hoje, estão a ser debatidos temas como “Ética e deontologi­a nas relações entre os profission­ais de enfermagem”, “Principais factores que contribuem para os erros da medicação na equipa de enfermagem”, “Participaç­ão da enfermagem nas pequenas cirurgias” e “A qualidade na formação dos profission­ais de enfermagem”.

 ?? MARIA AUGUSTA ?? Alguns enfermeiro­s receberam durante a cerimónia de abertura certificad­os pelo seu empenho e dedicação no exercicio da sua actividade
MARIA AUGUSTA Alguns enfermeiro­s receberam durante a cerimónia de abertura certificad­os pelo seu empenho e dedicação no exercicio da sua actividade

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola