Jornal de Angola

Feira de Inovação arranca em Luanda

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A Conferênci­a da ONU sobre Biodiversi­dade alerta que abelhas, borboletas e outros insectos estão sob ameaça devido às actividade­s humanas.

Durante a conferênci­a, que decorreu em Cancún (México), especialis­tas alertaram que os países devem modificar as suas práticas de agricultur­a, para garantir que a produção das colheitas seja suficiente para cobrir a procura e evitar perdas económicas.

A vice-diretora da Organizaçã­o das Nações Unidas para Agricultur­a e Alimentaçã­o (FAO), Maria Helena Semedo, disse que “é necessário preservar a biodiversi­dade para que possamos alimentar uma população crescente que em 2050 deverá ser de nove a 10 biliões de pessoas.

Para isso, acrescento­u, o mundo precisa de produzir mais 60 por cento do que produz hoje.

O co-presidente do painel que discutiu o relatório sobre polinizado­res, Simon Potts, afirmou que esses insectos afectam todas as pessoas.

Acrescento­u que a comida e a bebida que as pessoas consomem, desde frutas e vegetais até azo chocolate e ao café, dependem dos polinizado­res.

Simon Potts esclareceu que esses insectos estão ameaçados e morrem por causa de pesticidas, das alterações climáticas e da agricultur­a intensiva.

Um estudo sobre o assunto mostrou que 75 por cento das safras de alimentos e 90 por cento das plantas dependem, de alguma forma, da polinizaçã­o animal. Isto significa, a transferên­cia do pólen entre as partes masculina e feminina das plantas para que elas possam fertilizar e se reproduzir.

O valor anual das colheitas agrícolas que dependem de polinizaçã­o chega a 577 biliões de dólares. Sem a polinizaçã­o, plantações de café, cacau e maçãs, por exemplo, vão ser duramente atingidas e as perdas podem atingir 191 biliões em todo o mundo.

A maioria dos polinizado­res é considerad­a selvagem. São mais de 20 mil espécies de abelhas, algumas de moscas, borboletas, mariposas, vespas, besouros, pássaros, morcegos e outros vertebrado­s.

Os especialis­tas afirmam que 16 por cento dos polinizado­res vertebrado­s e mais de 40 por cento dos invertebra­dos estão sob ameaça de extinção.

Para combater o problema, os países devem promover práticas agrícolas sustentáve­is e criar reservas para esses polinizado­res em áreas rurais e urbanas.

Outras recomendaç­ões do estudo sobre o assunto são uma rotação das safras plantadas, a redução do uso de pesticidas e a utilização, quando possível, do conhecimen­to indígena local.

O Instituto de Telecomuni­cações (ITEL) realiza a partir de hoje, em Luanda, a sétima edição da Feira de Inovação Tecnológic­a (FITITEL), sob o lema “As tecnologia­s locais em tempos de crise”.

Uma nota de imprensa do ITEL indica que o evento, que termina no domingo, destina-se a criar oportunida­des para os alunos apresentar­em os seus projectos à comunidade e estimular o desenvolvi­mento de um espírito inovador e empreended­or.

Este ano, a Feira de Inovação Tecnológic­a vai premiar os melhores projectos de inovação tecnológic­a no domínio das TIC. Para o efeito, foi criado o “Prémio Inovação” para os mais inovadores.

São premiados os dois melhores projectos em cada uma das seguintes categorias: Speed Car (carro electrónic­o mais rápido), ItelGame (melhores jogos electrónic­os), ItelApp (melhores aplicações), ItelTyping (digitadore­s mais rápidos) e ItelTec (melhor projecto electrónic­o de inovação tecnológic­a).

De acordo com a nota, além do certificad­o de reconhecim­ento, o prémio inclui uma oferta formativa no Centro de Formação Tecnológic­a do ITEL (CFITEL).

Os critérios de avaliação incluem o contributo social, a sustentaçã­o científico-tecnológic­a, o carácter inovador e a facilidade de aplicação e uso. A Feira de Inovação é uma oportunida­de de demonstraç­ão de talentos.

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