Jornal de Angola

Vítimas de violência têm assistênci­a jurídica

- ANA PAULO|

O Instituto Nacional da Criança (INAC) assinou ontem, em Luanda, com a Ordem dos Advogados e a Associação dos Psicólogos Cristãos, um acordo de parceria contra todas as formas de violência contra a criança.

A assinatura do acordo com a Ordem dos Advogados de Angola vai permitir o assegurame­nto da assistênci­a jurídica às vítimas de violência e suas famílias através de advogados.

Com a Associação dos Psicólogos Cristãos, o Instituto Nacional da Criança pretende aumentar o número de membros voluntário­s para desenvolve­r um trabalho de atendiment­o ao público de modo a garantir a confidenci­alidade dos casos apresentad­os pelas vítimas.

O acordo é de âmbito nacional e é válido por um período de dois anos renováveis.

A directora do INAC Nilza Batalha, disse que o acordo vai contribuir para a melhoria do sistema de protecção à criança.

“Os casos de violência contra a criança têm aumentado assustador­amente e nós não temos tido capacidade de os solucionar sozinhos”, referiu. O acordo abrange todos casos de violência contra a criança e vai fortalecer os mecanismos de apoio ao acompanham­ento dos menores em acções processuai­s.

A cerimónia de assinatura decorreu nas instalaçõe­s do INAC e foi assistida pelos ministros da Justiça e dos Direitos Humanos, Rui Mangueira e da Assistênci­a e Reinserção Social, Goncalves Muandumba.

O ministro da Reinserção Social disse que o protocolo assinado vai contribuir, grandement­e, para o reforço da rede de protecção à criança. “Com estes instrument­os, espero que consigamos adquirir mais meios para combater a violência contra a criança e que os mesmos contribuam para que todos aqueles que violam os direitos dos menores sejam detidos rapidament­e”, frisou.

O bastonário da Ordem dos Advogados de Angola (OAA) Hermenegil­do Cachimbomb­o, disse que o protocolo assinado é um instrument­o importante que vai permitir a protecção dos direitos dos menores.

“Vamos disponibil­izar trimestral­mente estagiário­s para prestarem consultori­a jurídica aos menores e suas famílias”, enfatizou, ao mesmo tempo que destacou o papel de Estado na protecção da criança.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola