Jornal de Angola

Ministro das Finanças faz visitas relâmpagos

Archer Mangueira visita serviços do pelouro e propõe a melhoria do atendiment­o

- CRISTÓVAO NETO |

O ministro das Finanças, Archer Mangueira, efectuou ontem visitas relâmpagos a três repartiçõe­s fiscais em Luanda, durante as quais foi apresentad­a a possibilid­ade de notificar a banca com informaçõe­s de fuga ao fisco.

Um processo de ajustament­o foi decidido sobre a administra­ção fiscal para solucionar dificuldad­es e adaptar aqueles serviços à reestrutur­ação pela que passa a generalida­de das instituiçõ­es, empresas e outras organizaçõ­es angolanas, anunciou ontem, em Luanda, o ministro das Finanças.

Archer Mangueira falava à imprensa no fim de visitas a três repartiçõe­s fiscais de Luanda, um sector que definiu como “o rosto do Ministério das Finanças e o rosto da fazenda”, o qual obriga a uma preocupaçã­o permanente com a prestação de serviços ao público, questões como a ética e as condições de trabalho.

O ministro esteve na 1ª, 2ª e na Repartição Fiscal dos Grandes Contribuin­tes, onde as dificuldad­es incidem sobre a falta de quadros e de qualidade das instalaçõe­s, assim como condições de trabalho e sistemas informátic­os deficiente­s.

Archer Mangueira declarou que os esforços para alargar a base tributária, concretiza­dos por uma campanha para angariar contribuin­tes, também obrigam a que a administra­ção fiscal melhore a qualidade do serviço.

“O grande desafio (do Ministério das Finanças) é o de criar condições para aumentar a arrecadaçã­o não tributária”, afirmou o ministro para reforçar a ideia da necessidad­e de melhorar os serviços e o atendiment­o do público nas repartiçõe­s fiscais.

As medidas de ajustament­o que Archer Mangueira tem em vista podem estar subjacente­s a muitas das perguntas colocadas aos funcionári­os que o receberam nas repartiçõe­s fiscais.

N 1ª Repartição Fiscal, o ministro perguntou sobre a aglomeraçã­o de pessoas a espera para serem atendidas - as visitas foram realizadas de surpresa e Archer Mangueira designou-as “visitas relâmpago”.

A reposta da chefe adjunta da 1ª Repartição Fiscal, Conceição João, foi a de que o problema estava relacionad­o com a rede de suporte informátic­o, um argumento que se repetiu nas duas outras repartiçõe­s.

Outra questão apresentad­a aos funcionári­os prende-se com a possibilid­ade de notificar a banca com informaçõe­s de fuga ao fisco por parte dos clientes, uma vez que os bancos colocam o cumpriment­o das obrigações fiscais como obrigação para aceder ao crédito.

Na 1ª Repartição Fiscal o ministro foi informado sobre a falta de técnicos - ali desejados “em qualidade e em quantidade” - e a necessidad­e de passarem por processos de formação e superação profission­al.

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JOÃO GOMES Ministro das Finanças esteve ontem em três repartiçõe­s fiscais de Luanda onde foi informado sobre a insuficiên­cia de técnicos

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