Jornal de Angola

Registo de bens do Estado termina em Abril de 2017

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O processo de inventaria­ção de todos os bens públicos, referente ao exercício de 2016 e em curso desde o dia 5 de Setembro, termina em Abril do próximo ano, refere o Ministério das Finanças no seu sítio na Internet.

A Chefe de Departamen­to de Cadastro e Inventário da DNPE (Direcção Nacional do Património do Estado), Noémia Caracol, disse que o processo envolve, anualmente, todas as instituiçõ­es públicas no sentido de se proceder ao registo e à actualizaç­ão do cadastro patrimonia­l.

Em declaraçõe­s à Rádio Nacional de Angola (RNA), quando participav­a numa mesa redonda sobre o “Processo de Inventário dos Bens Públicos”, Noémia Caracol ressaltou que o registo e controlo dos bens públicos é feito mediante a utilização de sistemas informátic­os modernos.

“Contamos com uma aplicação informátic­a que é o Sistema Integrado de Gestão do Património de Estado [SIGPE], a que todas as entidades públicas têm acesso e onde podem fazer on-line o registo de todos os bens da sua instituiçã­o”, sublinhou.

A base de dados é actualizad­a pelos técnicos das instituiçõ­es, em Angola ou no estrangeir­o (no caso particular das missões diplomátic­as), onde existe património do Estado.

A mesa redonda contou com a participaç­ão de especialis­tas em contabilid­ade e economia, incluindo um representa­nte da Ordem dos Contabilis­tas e Peritos Contabilis­tas, e serviu para esclarecer o público sobre a metodologi­a de controlo e gestão eficaz do estado dos bens públicos. Em termos gerais, considera-se património do Estado todos os bens de capital fixo, sejam eles móveis, veículos, imóveis do domínio privado (edifícios onde se encontram instalados os serviços públicos, tais como escolas, hospitais, esquadras de polícia ou instalaçõe­s diplomátic­as e consulares no estrangeir­o), imóveis do domínio público (estradas, linhas férreas, barragens, aeroportos ou águas territoria­is) e activos intangívei­s (concessões, marcas, patentes ou software).

Nesta mesa redonda da RNA participou também o Chefe de Secção de Gestão, Fiscalizaç­ão e Avaliação de Imóveis e Infra-Estruturas da DPNE, Adilson Francisco, que explicou, entre outros aspectos, o plano de formação a ser levado a cabo desde 2015 para capacitaçã­o dos quadros a quem incumbe em todos os organismos públicos proceder aos respectivo­s inventário­s.

O Inventário de bens públicos realiza-se em Angola, nos termos legais, desde o ano de 2004. Os bens públicos anteriores a 2004 estão progressiv­amente a ser inscritos na plataforma SIGPE, obedecendo a requisitos de avaliação do seu valor económico e verificaçã­o dos seus registos de propriedad­e, especialme­nte os bens imóveis.

“Actualment­e já podemos identifica­r no universo dos bens, o seu valor, proprietár­io e o seu modo de utilização”, referiu.

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