Brasil com saldo sem precedente
O Brasil obteve no ano passado o maior saldo positivo de sempre no comércio com a China, no valor de 11.770 milhões de dólares, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços brasileiro.
Esse valor, que se compara com um saldo também positivo de 4.888 milhões de dólares, de 2015, devese fundamentalmente ao facto de as importações brasileiras de produtos chineses terem caído 23,94 por cento, em termos homólogos.
Em 2016, o Brasil vendeu à China produtos no valor de 35.234 milhões de dólares, menos 1,33 por cento que em 2015, mas apenas comprou bens no valor de 23.364 milhões de dólares, muito abaixo dos 30.719 milhões de dólares contabilizados em 2015.
Os dados oficiais brasileiros revelam uma forte e crescente participação das matérias-primas (soja, minério de ferro e carnes), com menor valor acrescentado, nas exportações para a China.
As matérias-primas foram responsáveis por 80,9 por cento ou 28.143 milhões de dólares nas exportações do Brasil para a China, os produtos semi-acabados representaram 13,6 por cento e 4.780 milhões de dólares e os produtos industriais apenas 5,43 por cento ou seja, 1.910 milhões de dólares.
A China vendeu ao Brasil maioritariamente produtos industriais, que no ano passado foram responsáveis por 96,9 por cento do total, ou seja 22.650 milhões de dólares, com as matérias-primas a representarem apenas 2,78 por cento, ou o equivalente a 677 milhões de dólares.
Em Agosto, a China tinha registado um excedente comercial recorde pelo quarto mês consecutivo, de 18,8 mil milhões de dólares. O excedente comercial chinês nos oito primeiros meses de 2006 terá totalizado 95,7 mil milhões de dólares, de acordo com a Nova China. No primeiro semestre, a China registou um excedente de 61,45 mil milhões de dólares, em alta de 54,9 por cento, face a igual período do ano anterior.