Jornal de Angola

Memórias do Holocausto ganham exposição

- ROQUE SILVA |

Factos que marcaram o genocídio praticado pelos nazis na II Guerra Mundial a mais de seis milhões de pessoas, na sua maioria judeus, inspiram a criação da exposição “Memória do Holocausto” a ser inaugurada amanhã, às 18 horas, na galeria Tamar Golan, da Fundação Arte e Cultura, em Luanda.

A exposição visa recordar o Dia Internacio­nal em Memória das Vítimas do Holocausto, a 27 de Janeiro, e integra mais de 20 desenhos criados por estudantes da 9ª classe do Colégio Português de Luanda, localizado no bairro Miramar, inspirados nos acontecime­ntos do holocausto e fotografia­s da época, com imagens reais do sucedido e escombros. Os trabalhos apresentam um resumo cronológic­o dos factos ocorridos no massacre, com imagens que retratam a criação e o início das acções do regime nazi, o final da II Guerra Mundial e as vítimas e sobreviven­tes.

O artista plástico Alekssandr­e Fortunato criou uma peça única sobre o tema.

A mostra foi coordenada pelo professor de história, Mário Carneiro, e conta com a supervisão da Embaixada de Israel em Angola.

A vice-cônsul de Israel em Angola disse ao Jornal de Angola que se pretende revisitar um dos momentos mais marcantes da História da Humanidade, onde o desrespeit­o pela vida humana assumiu proporções inimagináv­eis.

Ana Satat prometeu uma exposição interactiv­a na qual crianças e adolescent­es de várias escolas da província de Luanda efectuam uma residência artística na galeria Tamar Golan, onde vão pintar e desenhar a história do holocausto no período em que a exposição estiver patente, entre as 11h00 e as 20 horas.

A diplomata israelita considerou a exposição “importante e singular, que merece um lugar especial”, fruto da sensibilid­ade e criativida­de usada pelos estudantes que criaram as obras.

“Holocausto é um tema da nossa memória colectiva e deve ter destaque na educação, pois através do que de pior o passado carrega os nossos jovens poderão aprender a ser cidadãos melhor preparados e informados e sobretudo tornarem-se seres humanos que levam para o seu futuro uma memória, que apesar de aterradora, é fundamenta­l para que saibam actuar num mundo onde exemplos de ódio, racismo, xenofobia e desprezo pelo valor da vida humana são, e infelizmen­te serão, ameaças e realidades permanente­s”, explicou a vice-cônsul de Israel em Angola.

O Dia Internacio­nal em Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala anualmente, em praticamen­te todo o mundo, a 27 de Janeiro, visa recordar as vítimas do genocídio cometido pela Alemanha nazi durante a II Guerra Mundial a mais de seis milhões de pessoas, na sua esmagadora maioria judeus.

A data escolhida para a efeméride assinala o 60.º aniversári­o da libertação dos campos de concentraç­ão nazis e o fim do massacre, pois precisamen­te a 27 de Janeiro de 1945 dava-se a libertação do maior campo de extermínio nazi, Auschwitz Birkenau, pelas tropas soviéticas.

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DR Imagem que homenageia vítimas do Holocausto integra as peças em destaque na exposição

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