Café Luso abre portas a jovens talentos do fado
O Café Luso, uma das mais antigas casas de fado de Lisboa, vai abrir residências artísticas para os fadistas e instrumentistas, com o objectivo de “atrair novos talentos e dar experiência”, disse à Lusa a fadista Elsa Laboreiro.
Elsa Laboreiro é uma das orientadoras das residências que se realizam há quatro anos, ao lado do músico António Neto (viola), com finalidade de “recuperar a tradição do antigamente em que as casas de fado funcionavam como uma escola e espaço de transmissão de conhecimentos”, disse a fadista
A fadista realçou ainda que na residências “têm saído valores que já se profissionalizaram no mercado português”. Entre os novos valores do fado português, destacam-se as fadistas Liliana Martins, com dois álbuns editados, Filipa Carvalho que publicou um álbum em 2015, Joana Almeida e o músico Nuno Lourenço (viola baixo).
No ano de 1932, o jornal “Guitarra de Portugal” noticiou “a fama extraordinária do Café Luso, cujos créditos já o consagram como sendo a melhor casa de recreio e de fado de todo território português” e referem ainda que reúne “os mais afamados nomes”. O espaço é apontado habitualmente como a “catedral do fado”.
Amália Rodrigues (1920-1999) e Cidália Moreira foram as duas fadistas que gravaram um álbum, com o público, no Café Luso e que foi também o cenário de várias transmissões radiofónicas.