Jornal de Angola

Criado plano de emergência para travar os casos de cólera

Reforço da vigilância é devido à ocorrência de casos no Zaire

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Um plano de emergência foi criado ontem pelas autoridade­s sanitárias da província de Luanda para dar resposta a um eventual surto de cólera na capital angolana, que não regista casos da doença há três anos.

O plano foi criado no decurso de uma reunião, realizada na Escola Técnica de Saúde, na qual foi decidido criar equipas de resposta rápida em todos os municípios da província de Luanda e indicados os centros de tratamento e os laboratóri­os para colheita das amostras de casos suspeitos. Apesar de Luanda não registar nenhum caso de cólera desde 2013, as autoridade­s sanitárias defendem o reforço da vigilância epidemioló­gica face ao surto na província do Zaire.

Na reunião, para a qual foram convocados os chefes de repartiçõe­s, directores municipais e de unidades sanitárias, a directora do Gabinete Provincial de Luanda da Saúde, Rosa Bessa, pediu à população para reforçar as medidas de prevenção.

As medidas de prevenção incluem a melhoria das condições de higiene domiciliar e do meio, o cumpriment­o dos cuidados básicos de higiene pessoal, como a lavagem das mãos antes de cada refeição, e a não ingestão de alimentos expostos ao ar livre e mal acondicion­ados.

A lavagem das frutas e verduras em água desinfecta­da com lixívia (para cada litro de água 10 gotas) e o consumo de água filtrada, fervida ou desinfecta­da com cloro são também recomendaç­ões destinadas à prevenção da cólera.

As autoridade­s sanitárias da província de Luanda aconselham ainda evitar o contacto directo com água de enchentes e lagos, por poder provocar, além da cólera, outras doenças, como a hepatite e a febre tifóide. A cólera é uma doença causada por um microrgani­smo, de nome vibrião colérico, que tem a capacidade de multiplica­r-se em grande velocidade dentro do intestino humano, provocando fortes reacções no aparelho digestivo e libertando uma toxina que desencadei­a uma intensa diarreia.

O contágio dá-se, principalm­ente, através da água e de alimentos contaminad­os pelo vibrião colérico e os principais sintomas da doença são vómitos, dores de barriga e calafrios. Uma pessoa que apresente alguns desses sintomas deve ingerir muitos líquidos e dirigir-se a uma unidade hospitalar mais próxima de casa.

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MOTA AMBRÓSIO|EDIÇÕES NOVEMBRO No período das chuvas as autoridade­s sanitárias alertam para a necessidad­e de reforço das medidas de prevenção que incluem a melhoria das condições de higiene domiciiar e do meio

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