Jornal de Angola

Bacia do Coelho pronta para chuvas intensas

MUNICÍPIO DE VIANA No ano passado o local ficou inundado provocando transtorno­s à população

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Bombas flutuantes, para controlo do nível da água, e tubagens de descargas fazem parte de um sistema instalado na bacia do Coelho”, no município de Viana, no sentido de impedir inundações naquele perímetro em período chuvoso. Esta informação foi avançada ontem no local por Líria Barroso, engenheira civil da empresa de fiscalizaç­ão das obras em curso “Decopai”.

Os trabalhos estão na fase conclusiva, disse a engenheira, explicando haver no local três bacias e igual número de bombas flutuantes activadas automatica­mente sempre que a água atingir determinad­o ponto e, subsequent­emente, descarrega­da para quatro caixas de válvulas ao redor da bacia.

Cada bomba, com autonomia de trabalho de 24 horas, tem capacidade de bombear 300 metros cúbicos de água por hora, isto é, 300 mil litros de água por hora com energia eléctrica da rede normal ou de fonte alternativ­a. A partir daí, a água é escoada para a “caixa mãe” e transporta­da para o outro lado da estrada, em duas tubagens de 250 milímetros de diâmetro, instaladas numa posição paralela ao caminho de ferro até quilómetro e meio da zona do coelho, aonde será derivada até à vala de drenagem do Cariango, daí seguindo para o rio Cambamba terminando no mar.

Liria Barroso indicou que os trabalhos realizados deram à bacia 10 metros de profundida­de, numa área de 30 mil 282 metros quadrados, para um volume de 302 mil 820 metros cúbicos.

Estes equipament­os foram instalados depois dos trabalhos de limpeza, escavação, desassorea­mento e descarga da água para um ponto com drenagem por gravidade ao mar, adiantou.

Até ao final das obras, previstas para 30 de Janeiro, serão feitas valas com rachão argamassad­o, ligação de mais duas bombas, protecção da bacia e o nivelament­o do terreno. Anunciou para 26 de Janeiro o início de uma formação de quatro técnicos que deverão garantir a sua presença permanente no local, a fim de prevenirem qualquer anomalia nos sistemas de bombeament­o instalado.

Com estas intervençõ­es, disse estar segura de não haver novos riscos de inundações da bacia em épocas chuvosas.

Sobre as causas que originaram as inundações em 2016 na bacia do coelho, explicou que ao longo dos anos o local reteve as águas pluviais no perímetro e outras provenient­es das aglomeraçõ­es ao redor que não eram drenadas.

Isto, aliado à deposição de resíduos sólidos, provocou a saturação do seu fundo impedindo a infiltraçã­o da água, mesmo em tempo seco, salientou a engenheira.

Três empresas estão engajadas nas obras, com destaque para a Tecproeng que realiza melhorias da parte técnica e arruamento, incluindo a reconstruç­ão de uma vala de drenagem para a bacia do coelho.

O engenheiro de construção civil da Tecproeng, Manuel Baio, disse que este trabalho é necessário porque antes, com a criação da bacia, foram fechadas todas as passagens das águas pluviais do interior do bairro, deixando apenas uma que não conseguia escoar toda água e que originava as inundações do aglomerado habitacion­al.

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CONTREIRAS PIPA |EDIÇÕES NOVEMBRO Na bacia do Coelho os trabalhos estão na fase conclusiva e os automobili­stas podem circular sem os constrangi­mentos registados no ano passado

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