Abalo sísmico na Huíla sem provocar prejuízos
Um abalo sísmico, cuja magnitude se desconhece, foi sentido terça-feira, às 18 horas e 34 minutos, nos municípios do Lubango (capital), Caluquembe e Chicomba, na província da Huíla, sem provocar danos.
A ocorrência foi sentida, sobretudo, por habitantes de prédios que assinalaram movimentos de móveis e estremecimento das estruturas físicas dos edifícios. A situação obrigou muitos cidadãos a abandonar os apartamentos.
Emerson Nandesifeny, engenheiro informático, disse à Angop que sentiu a intensidade do sismo e deixou imediatamente o apartamento com a família.
Um outro cidadão, Edilson Oletu, arquitecto, sentiu o abalo quando assistia à televisão em casa. De seguida, ligou a amigos para saber se também se aperceberam. Confirmada a ocorrência, abandonou o apartamento com a mulher e o filho e refugiando-se na sua viatura.
O geólogo Severino Domingos explicou que a província da Huíla encontra-se numa região em que existe um conjunto de falhas que atravessam a zona de Caluquembe, Caconda até à província do Huambo, partindo da Bibala. Disse haver um outro conjunto de falhas que passa por Quipungo até Chicomba, a partir do Cunene.
Docente universitário, Severino Domingos admite que tenha havido um movimento entre dois grandes blocos rochosos separados por uma falha que terá libertado energia e provocado o abalo sísmico.
O porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, na província da Huíla, Inocêncio Hungulo, recebeu relatos dos municípios afectados, mas disse não haver registos de mortes, feridos ou de residências destruídas.
Assinalou que no dia da ocorrência um destacamento do corpo de bombeiros desdobrou-se em visitas a edifícios do Lubango e conversou com moradores que fizeram relatos do que testemunharam, mas que nada de preocupante se registou.
A Huíla não dispõe de equipamentos para medir a magnitude destas ocorrências.
A última aconteceu em Abril de 2013, em Chicomba, 220 quilómetros a norte do Lubango, em que algumas estruturas ficaram com fissuras.