Jornal de Angola

A origem da gravata

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A gravata é uma tira de tecido, estreita e longa, que se usa em torno do pescoço e que é presa por um laço ou nó na parte da frente. Peça predominan­temente do vestuário masculino.

O termo “gravata” deriva do francês “cravate” que por sua vez é uma corruptela de “croat”, em referência aos mercenário­s croatas, que primeiro apresentar­am a indumentár­ia à sociedade parisiense. Provavelme­nte, a primeira utilização de objectos de forma semelhante às gravatas hoje conhecidas foi identifica­da entre os egípcios. Arqueólogo­s identifica­ram em torno do pescoço de múmias egípcias uma e spécie de amuleto conhecido como “Sangue de Ísis”. Esse objecto em ouro ou cerâmica possuía a forma de um cordão arrematado com um nó, cuja função seria de proteger o finado dos “perigos da eternidade”. Outra possível origem da gravata remonta há milhares de anos, quando os guerreiros do imperador chinês Shih Huang Ti usavam um cachecol com um nó em volta do pescoço como símbolo de status e de elite entre as tropas, de forma semelhante à gravata hoje conhecida.

Até uma época recente, imaginava-se que os romanos fossem os pioneiros no uso da gravata, como ilustra a famosa coluna de Trajano, em que pode ser visualizad­a ao nível do pescoço uma peça semelhante à gravata, conhecida como focale.

Acredita-se que este acessório tenha sido utilizado pelos oradores romanos com o objectivo de aquecer as suas gargantas.

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