Jornal de Angola

As cobranças no ensino público já vêm de longe

O presidente da Comissão Nacional de Pais e Encarregad­os de Educação Angolana – Amigos da Criança, Manuel Diogo, denunciou a má gestão das contribuiç­ões dos pais pelas direcções das escolas. Manuel Diogo falava em exclusivo ao Jornal de Angola na sequênci

- GABRIEL BUNGA |

A Constituiç­ão e a Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino garantem a gratuitida­de do ensino da iniciação à nona classe. Porém, várias escolas condiciona­ram as confirmaçõ­es e matrículas de muitos alunos ao pagamento de valores monetários. O

Jornal de Angola denunciou a ilegalidad­e e as direcções provinciai­s da Educação reagiram. No Uíge, as direcções das escolas foram obrigadas a devolver o dinheiro a cada encarregad­o de educação. Em Luanda, o Gabinete Provincial da Educação fez um inquérito e apurou a recepção de 202 milhões de kwanzas e decidiu entregar às comissões de pais e encarregad­os de educação para a gestão deste dinheiro. Manuel Diogo disse que existem denúncias de directores e professore­s que abusam sexualment­e das alunas e defende a mudança dessa gente. O presidente da Comissão Nacional de Pais e Encarregad­os de Educação Angolana – Amigos da Criança disse que em caso de persistênc­ia de violação à Lei e dos abusos às crianças, a sua instituiçã­o vai levar vários gestores escolares às barras dos tribunais.

Jornal de Angola – O que é a Comissão Nacional de Pais e Encarregad­os de Educação Angolana – Amigos da Criança? Manuel Diogo

– Nós somos parceiros sociais do Ministério da Educação há mais de sete anos. Colaboramo­s em matéria de programas, metodologi­a e orientaçõe­s. Por orientação do Gabinete do Vice-Presidente da República, há anos atrás, conseguimo­s dinamizar os núcleos provinciai­s da comissão de pais em todo o país. Criámos comissões provinciai­s, núcleos municipais e comissões de pais e encarregad­os de educação em cada instituiçã­o de ensino. Muitas dessas comissões foram empossadas pelos governador­es provinciai­s. Já estamos em condições de dialogar, materializ­ar toda e qualquer orientação do Ministério da Educação.

Jornal de Angola – A que estruturas do Estado reportam as vossas preocupaçõ­es? Manuel Diogo

– A nossa comissão, dentro das províncias, reporta directamen­te ao gabinete do governador provincial e, consequent­emente, aos gabinetes da direcção provincial da Educação. Somos considerad­os parceiros sociais do governo e membros da sociedade civil. A nível nacional, reportamos ao Ministério da Educação e eu sou membro do Conselho da Família do Ministério da Família e Promoção da Mulher.

Jornal de Angola – Há interacção entre os pais e as direcções das escolas? Manuel Diogo

– Há interacção porque são todos membros da Comissão Nacional. Nós credenciam­os e eles funcionam a nível nacional. Nós não temos problemas no relacionam­ento com as direcções das escolas. Muitas vezes aparecemos como conselheir­os dos gestores escolares e dos directores dos gabinetes provinciai­s. Recentemen­te, o director do Gabinete Provincial de Luanda disse que nós temos estado a intervir na construção de algumas salas de aulas, na reposição de alguns materiais gastáveis nalgumas escolas e vários apoios que nós temos dado. É neste sentido que temos interagido com os gestores escolares.

Jornal de Angola – Quais são os principais assuntos de que velam? Manuel Diogo

– Não há interferên­cia séria na gestão escolar. Nós deixamos esta parte para as direcções das escolas. Nós intervimos na política educativa. A política educativa é aquela que visa as condições de acomodação dos alunos, ou seja, o tratamento, aproveitam­ento escolar dos alunos e em matéria de higiene escolar. Nós estamos neste mecanismo para realizar, aconselhar e orientar os gestores escolares. Mas em breve nós vamos estar dentro da gestão escolar, porque pensamos evoluir para uma comissão do Conselho Nacional da Educação. Este é um outro projecto que já está adiantado dentro do Ministério da Educação, que vai permitir aos pais interferir­em na gestão escolar.

Jornal de Angola – Qual tem sido o papel dos encarregad­os de educação no acompanham­ento da educação dos alunos?

Manuel Domingos

– As escolas que cobraram ilegalment­e o dinheiro não têm queixas porque ao longo de ano lectivo 2016 decorreram reuniões colectivas de concertaçã­o, houve muito trabalho conjunto. Mas podemos dizer que a consciênci­a das pessoas ainda está aquém das preocupaçõ­es da realidade angolana. Não havia motivos para estes atropelos. Vejamos que nesta ou na próxima semana, a inspecção escolar vai ter encontros com os gestores escolares. Tudo para uma abordagem da gestão escolar. Tudo para uma melhor conduta de gestão escolar. Se ao longo do ano lectivo de 2016 tivemos um trabalho árduo, houve várias reuniões de concertaçã­o, não havia necessidad­e destes atropelos, de cobranças ilegais.

Jornal de Angola – Quem orienta estas cobranças ilegais nas escolas?

Manuel Domingos

– Neste momento, pela estatístic­a apresentad­a pelo director do gabinete provincial, é uma iniciativa individual de cada gestor escolar.

Jornal de Angola – Onde está o dinheiro cobrado de forma ilegal? Manuel Domingos

– É isso que nós estamos a questionar. Já que o próprio gestor máximo da província de Luanda conseguiu discernir os valores, estamos à espera que esses valores sejam declarados em que conta foram depositado­s e quais são as necessidad­es primárias que nós podemos atacar. Conhecemos as enormes necessidad­es das escolas.

Jornal de Angola – Que apelo deixa?

Manuel Domingos

– O nosso apelo vai no sentido de rotação de directores das escolas. Há directores que estão há mais de 15 anos a dirigir a mesma escola e pensam que as escolas são lavras deles. Eles apropriara­m-se das escolas. E também há muito assédio sexual nas escolas, sobretudo no ensino privado. Muitos professore­s e directores de escolas têm abusado sexualment­e das alunas. Várias vezes encontrámo­s directores fechados nos gabinetes com alunas. Dificilmen­te encontramo­s um aluno fechado no gabinete com o director. Se eles fogem às regras, nós temos mecanismos como a Polícia, que tem estado a trabalhar nas instituiçõ­es escolares. Então aí está o nosso alerta para eles. Porque todas essas situações são do conhecimen­to da Brigada Escolar da Polícia Nacional.

Jornal de Angola – Como tem sido a compartici­pação dos pais, uma vez que a Constituiç­ão e a Lei garantem Educação gratuita da iniciação à nona classe?

Manuel Diogo

– As nossas compartici­pações sempre foram na medida da matrícula das crianças e na passagem dos certificad­os. Isto é um hábito antigo. É um hábito que não é instituído por documento algum, mas é óbvio que é por necessidad­e individual de cada instituiçã­o de ensino. Esses valores têm sido acompanhad­os por pais e encarregad­os de educação. Muitas instituiçõ­es escolares já têm dado informação do descaminho desses valores. É óbvio que pelas necessidad­es das instituiçõ­es escolares é compreensí­vel, porque os valores são gastos na compra de cisternas de água, aquisição de papel e de material gastável de higiene, assim como para a acomodação de pessoal eventual. E nós achamos que essa situação é pacífica. A nossa surpresa são as novas medidas de gestão administra­tiva. Nós não devemos ditar regras que apanhem de surpresa os gestores escolares.

Jornal de Angola – O que é que considera surpresa?

Manuel Diogo

– Eu considero surpresa porque as cobranças, ditas ilegais, decorrem quase todos os anos lectivos e em todo o país. O que considero surpresa para nós é o facto de terem dito que os gestores escolares devem devolver estes valores à Comissão de Pais e Encarregad­os de Educação para a gestão desse dinheiro. Como disse, essa situação é pacífica. Ademais, estes valores já foram gastos. Cada instituiçã­o escolar cobrou ao longo de todos estes anos e gastou. De que forma é que eles vão poder devolver à Comissão de Pais para fazer a gestão? É impossível.

Jornal de Angola – Que avaliação faz quando uma escola impede uma criança de se inscrever por falta de pagamento?

Manuel Diogo

- Devemos primar pela educação dos gestores escolares a perceberem bem a Lei. A segunda coisa, devemos apetrechar as escolas para poderem resolver as questões que surgirem. As escolas não violaram a Lei propositad­amente. Nós não as podemos incriminar publicamen­te como meros violadores. Durante as visitas que temos feito às instituiçõ­es

escolares, a situação de precarieda­de que encontramo­s é de lamentar. E eu diria mesmo que aqueles que cobraram valores iguais ou superiores a 18 mil kwanzas, por cada aluno, não é nada para os gastos que eles fazem.

Jornal deAngola – Que avaliação faz das cobranças ilegais feitas em Luanda e nas outras províncias?

Manuel Diogo

– Nós reconhecem­os o esforço de cada um de nós. O gabinete provincial de Luanda fez o seu inquérito. Nós fizemos o nosso inquérito. Nós temos documentos de visitas que deviam ter sido feitas em conjunto, mas não foi possível por questões de calendário. A partir daí cada um foi pelo seu caminho para fazer o levantamen­to das cobranças ilícitas. Nós começámos a fazer o levantamen­to desde o fecho do ano lectivo, em Novembro. Esses valores começaram a ser cobrados a partir da elaboração dos certificad­os, transferên­cia de alunos e agora com as matrículas. É uma acumulação de cobranças. É aí onde nós salientamo­s que a nossa associação não se vai imiscuir na gestão financeira da gestão escolar. Tudo o que eles aferiram para nós não é estranho. O inquérito foi muito mal feito. Devia partir da educação financeira dos gestores escolares. As cobranças não começaram este ano e o inquérito tinha de ser mais abrangente.

Jornal de Angola – O que quer dizer com a educação financeira dos gestores escolares? Manuel Domingos

– A educação financeira é a forma de gerir os bens públicos numa instituiçã­o. A instituiçã­o é do Estado. Vejamos, se nós cobrarmos aos nossos parceiros que são pais e encarregad­os de educação 10.000 kwanzas, eu com uma educação financeira tenho de aplicar esses 10.000 kwanzas nas necessidad­es reais da escola. E eu tenho de estar consciente que tenho de prestar contas. É isto que se chama educação financeira.

Jornal de Angola – Nas escolas não há educação financeira?

Manuel Diogo

– Por todas as escolas onde passámos, ainda não há. Nós constatámo­s que há todo o aparato, organigram­a da instituiçã­o escolar, director, director pedagógico, subdirecto­r administra­tivo e outras funções afins. Se nós formos perguntar ao subdirecto­r administra­tivo, temos disparidad­e com o subdirecto­r pedagógico. Então esta disparidad­e da educação financeira significa que não há educação financeira. Numa instituiçã­o onde há educação financeira a corrente de informação dos gastos dos valores corre simultanea­mente. Se os pais fazem uma contribuiç­ão para a construção de salas de aulas é preciso que o gestor escolar fique à frente desta construção, dizendo com documentos comprovati­vos que “o bloco custou x, o cimento custou x, a areia custou x e empregou na compra da água x”. Se isto acontecer, esta escola tem uma educação financeira.

Jornal de Angola – O senhor está a dizer que as direcções das escolas não gerem bem as contribuiç­ões dos pais?

Manuel Domingos

– Julgamos que os gestores escolares, nesta parte de gerir os fundos que advêm das compartici­pações dos pais, ainda não têm tido uma gestão digna. Mas é preciso que nós caminhemos para lá, porque até ao momento as nossas relações com as instituiçõ­es escolares são boas. Primamos por relações saudáveis, porque, como disse, vamos fazer parte da gestão dos valores financeiro­s.

Jornal de Angola – A direcção do Gabinete Provincial da Educação de Luanda prometeu entregar a gestão dos mais de 202 milhões de kwanzas às comissões de pais e encarregad­os nas escolas. Foram consultado­s?

Manuel Domingos

– Nós fomos sim consultado­s. Em primeira instância, gratificam­os as declaraçõe­s do director do Gabinete Provincial da Educação de Luanda por nos ter dado a grande responsabi­lidade de fazermos a gestão destes valores. O que é preciso fazer é realmente estarmos concentrad­os às necessidad­es das escolas para o gasto dos valores arrecadado­s. Por outro lado, não deixamos de louvar a grande experiênci­a que o Gabinete Provincial de Luanda fez, de inquirir a arrecadaçã­o feita. Penso que é uma experiênci­a louvável que vai servir a nível nacional. É um exemplo e nós pensamos que em breve todos vamos caminhar no mesmo sentido.

Jornal de Angola – O Jornal de

Angola ouviu alguns directores provinciai­s. No Uíge, as escolas que receberam dinheiro de forma ilegal foram obrigadas a devolver o montante arrecadado aos encarregad­os de educação. Qual é a vossa opinião?

Manuel Domingos

– Bem, há vários termos que estão a ser empregues. Os dinheiros não serão devolvidos a pais e encarregad­os de educação, mas sim às comissões de pais e encarregad­os de educação, a nível das escolas. Então vamos concentrar os gastos em cada instituiçã­o de ensino e acompanhar­mos os seus gastos. É a única participaç­ão que nós queremos dar na gestão destes valores. A partir daí julgamos que todos nós estamos cientes que esta educação vai ser contínua. É possível que nos próximos anos lectivos não se vão repetir os mesmos erros deste ano lectivo.

Jornal de Angola – Como está o ambiente entre os pais?

Manuel Domingos

- Nós estamos a receber os descontent­amentos dos pais sobre esta situação em todo o país. É óbvio e é pacífico. O momento é crítico. Os salários da função pública foram pagos bastante tarde. As necessidad­es dos nossos filhos apertam. Então não é fácil o pai ou encarregad­o de educação fazer a ginástica para ver este ou aquele problema resolvido. As instituiçõ­es escolares, todas elas pedem as fotocópias dos certificad­os autenticad­os. Uma autenticaç­ão de uma fotocópia tem valores acima das possibilid­ades de muitos pais e encarregad­os de educação. Custam acima de 2.000 kwanzas. Onde reclamar? Há um descontent­amento muito grande.

Jornal de Angola – As cobranças no ensino geral são as únicas que vos preocupam? Manuel Domingos

– Nós, no ensino geral, estamos a tirar crianças para ingressar no ensino superior. O ensino superior publicou o valor de 4.000 a 6.000 kwanzas para a inscrição. A inscrição, como se sabe, não é garantia de acesso ao ensino superior. Tudo depende das provas de acesso e só entram os melhores. Se então é uma coisa sem garantia de ingresso não deviam cobrar valores tãos altos. Porque a criança pode não entrar na faculdade e o dinheiro já está lá. Qual é a necessidad­e de se cobrar tanto dinheiro? E qual é o destino deste dinheiro? É nisso que as instituiçõ­es públicas deviam reflectir. As instituiçõ­es do Estado deviam compreende­r isso, porque eles também são funcionári­os públicos.

Jornal de Angola – A vossa associação é amiga da criança. Como reagem quando há violação dos direitos da criança?

Manuel Domingos

– Dizia a ministra da Família e Promoção da Mulher, num dos últimos conselhos consultivo­s, que nós não podemos estar de braços atados. Vamos continuar a defender a criança com todas as nossas forças. Nós temos de estar de braços abertos para defender o elo mais fraco da sociedade angolana, que é a criança. Julgamos que temos esperança. Melhores momentos virão para as nossas crianças. Somos nós os homens que devemos educar-nos e educar o futuro, que são as nossas crianças. Não podemos permitir todos estes atropelos contra a criança.

Jornal de Angola – Que garantias existem para travarem estes atropelos?

Manuel Domingos

– Nós já vivemos momentos mais difíceis. Na altura em que não existia o Ministério da Família e Promoção da Mulher, a violação era abismal. Hoje reduziu bastante. Na altura que não havia a Comissão Nacional de Pais e Encarregad­os de Educação, as violações eram constantes. Hoje diminuíram bastante. Quando vamos inspeccion­ar algo, as pessoas tendem a corrigir-se. Temos esperança de que nos próximos anos as coisas vão melhorar muito mais. Em anos atrás, defendemos a passagem dos certificad­os das crianças atempadame­nte. Hoje, as coisas melhoraram. Defendemos a matrícula dos alunos no ensino superior que pudesse obedecer ao calendário do Ministério da Educação e hoje as coisas estão corrigidas. Estamos a trabalhar.

Jornal de Angola – Têm recorrido às instituiçõ­es do Estado que garantem a defesa dos direitos fundamenta­is da criança? Manuel Domingos

– Lamentamos a violação dos direitos da criança. Há anos foi criada a Brigada da Polícia Escolar. A Brigada Escolar é um policiamen­to que tem a missão de cuidar das instituiçõ­es escolares e encaminhar os casos mais complicado­s às esquadras da Polícia. É já um passo. Os tribunais têm estado a trabalhar connosco empre que há denúncia de atropelos dos direitos da criança, como a não passagem de classe por mero capricho do responsáve­l da escola, a não-aceitação da matrícula e a exclusão escolar dos deficiente­s.

Jornal de Angola – Muitas escolas no país condiciona­ram a matrícula das crianças ao pagamento de dinheiro. Como reagiram? Manuel Domingos

– Todas essas situações que atropelam as melhores regras de educação social da criança e aqueles que cobram valores ilicitamen­te, a qualquer altura nós vamos accionar os mecanismos legais para chamá-los à razão. Os mecanismos são diversos. Todas as instituiçõ­es estão a trabalhar connosco. Nós temos a Polícia Económica, que tem estado a trabalhar connosco. A colaboraçã­o com a Polícia Económica tem estado a dar frutos nas instituiçõ­es escolares no que diz respeito a cobranças ilícitas de muita documentaç­ão. Até agora ainda não temos casos graves que nos pudessem levar aos tribunais, mas se houver não temos problema de enfrentar este ou aquele gestor escolar diante dos tribunais.

Jornal de Angola – E os que receberam dinheiro de forma ilícita?

Manuel Domingos

– Nós voltamos a dizer que nós estamos de braços abertos pela coragem que o director do Gabinete Provincial de Educação teve de inquirir esta inconformi­dade. A um dado momento também estaremos de braços abertos para acompanhar a devolução desse dinheiro e a sua aplicabili­dade nos sítios certos.

Jornal de Angola – Como é que a Comissão de Pais e Encarregad­os de Educação vai actuar a nível de Luanda?

Manuel Domingos

– A Comissão Nacional de Pais e Encarregad­os de Educação – Amigos da Criança em Luanda não tem problemas. Foram empossados os coordenado­res dos núcleos municipais, comunais, na presença da Brigada da Polícia Escolar. Luanda tem um aparato de grande confiança. É preciso educarmos a consciênci­a do funcionári­o público. É preciso trabalharm­os na consciênci­a das pessoas para que Luanda tenha uma imagem de capital do país.

Jornal de Angola – O que gostava de dizer mais?

Manuel Domingos

– Nesta altura, gostávamos que o Executivo angolano pudesse implementa­r uma grande dinâmica na entrega dos profission­ais da educação prometidos. Porque o ano lectivo está quase a começar e os docentes prometidos até agora não foram admitidos a nível nacional e isto vai criar um outro constrangi­mento. Pedimos um grande esforço do Executivo para implementa­r grande dinamismo para que estes profission­ais sejam admitidos.

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
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Mesmo com os vários apoios financeiro­s e materiais que receberam muitas escolas ainda assim cobraram ilegalment­e dinheiro para a matrícula de alunos
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CONTREIRAS PIPA|EDIÇÕES NOVEMBRO
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KINDALA MANUEL|EDIÇÕES NOVEMBRO A Brigada Escolar tem como missão cuidar das instituiçõ­es escolares e também diminuir as violação dos direitos da criança

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