Inovação na ciência tem forte impacto no crescimento
Universidades devem contribuir para a formação de recursos humanos qualificados
Ao falar na abertura do I Fórum Futuro sobre Ciência, Tecnologia e Inovação, o ministro chefe da Casa Civil do Presidente da República defendeu que o aumento em número de cientistas, técnicos e engenheiros no processo de inovação e desenvolvimento tecnológico, ajuda a promover o crescimento social e económico, numa altura em que a expansão e a diversificação das fontes de receita do Estado assumem estatuto de prioridade absoluta na agenda do Excutivo.
O ministro e chefe da Casa Civil da Presidência da República, Manuel da Cruz Neto, defendeu ontem, em Luanda, o aumento do número de cientistas, técnicos e engenheiros no processo de inovação e desenvolvimento tecnológico, quer em ambientes universitários ou institutos de pesquisa, quer nas empresas, para gerar crescimento social e económico.
Ao falar na abertura do I Fórum Futuro sobre Ciência, Tecnologia e Inovação, Manuel da Cruz Neto afirmou que o investimento em inovação e na formação de capital humano concorre para uma maior produtividade. “As universidades devem contribuir decisivamente na formação de recursos humanos altamente qualificados”, advogou, para na mesma linha de pensamento referir que é fundamental estabelecer-se diálogo permanente e construtivo entre os sectores académicos e produtivos, para o progresso social e a diversificação da economia.
O ministro e chefe da Casa Civil disse que é importante reforçar o relacionamento entre o crescimento económico, os avanços científicos e inovação tecnológica para se garantir, no país, a geração de riqueza, emprego, rendimento e oportunidades, uma vez que o desenvolvimento assenta na ciência, tecnologia e inovação.
Por esta razão, Manuel da Cruz Neto disse que o Executivo angolano aposta na formação de quadros e inovação como eixo central da estratégia para a diversificação da economia e desenvolvimento. A estratégia, acrescentou, está plasmada nos documentos reitores do governo, constituindo um objectivo fulcral que deve ser implementado para sustentar o desenvolvimento económico e social a longo prazo.
Estabelecimento de parceria
Manuel da Cruz Neto defendeu a parceria com instituições de referência a nível internacional, como empresas líderes em tecnologia e inovação e centros de investigação de renome, para fomentar laços profissionais em ambientes diversificados. Ao referir que o fórum insere-se na dinâmica de implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017, Manuel da Cruz Neto destacou programas e políticas concebidas para o sector, que visam implementar a estratégia nacional de ciência, tecnologia e inovação, formar e qualificar o potencial humano, científico e tecnológico nacional, criar infra-estruturas adequadas à produção e difusão e apropriação do conhecimento e da inovação.
O Executivo angolano olha para a inovação tecnológica como a grande ferramenta para o crescimento e para os ganhos de eficiência e competitividade das empresas, disse.
Esta visão, frisou Manuel da Cruz Neto, permite a aquisição e transferência de conhecimentos para o aumento da competitividade das empresas e do tecido empresarial, colocando à disposição serviços inovadores para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Sob o lema “O Impacto da Ciência, Tecnologia e Inovação no crescimento e na Diversificação da Economia”, o fórum é realizado com o objectivo de sensibilizar os decisores políticos e parceiros sociais sobre a inserção da ciência, tecnologia e inovação no desenvolvimento sustentável do país.
A ministra da Ciência e Tecnologia, Maria Cândida Teixeira, disse que a política nacional de ciência e tecnologia e inovação realça a necessidade da sua inserção na governação e na sociedade, devido à importância deste instrumento em alavancar a economia.
Cândida Teixeira disse que a ciência, tecnologia e a inovação são ferramentas importantes que influenciam no crescimento económico e social, particularmente “quando se refere ao desenvolvimento sustentado assente na sustentabilidade de processos de edificação de uma sociedade de conhecimento”.
“Estamos convictos de que estamos a dar passos significativos para uma forte aposta no estreitamento de relações entre instituições geradoras do conhecimento, tecnologias e inovação e o empresariado nacional”, declarou Cândida Teixeira, para de seguida concluir ser um pressuposto relevante para o início e aceleração de empresas e negócios.
O fórum termina hoje e conta com prelectores de Angola, Portugal, Moçambique, Brasil, África do Sul e Costa do Marfim. Participam nesta edição deputados, ministros, governadores provinciais, reitores de universidades, directores de investigação científica e desenvolvimento, políticos e empresários e representantes da sociedade civil.