Jornal de Angola

Inovação na ciência tem forte impacto no cresciment­o

Universida­des devem contribuir para a formação de recursos humanos qualificad­os

- RODRIGUES CAMBALA|

Ao falar na abertura do I Fórum Futuro sobre Ciência, Tecnologia e Inovação, o ministro chefe da Casa Civil do Presidente da República defendeu que o aumento em número de cientistas, técnicos e engenheiro­s no processo de inovação e desenvolvi­mento tecnológic­o, ajuda a promover o cresciment­o social e económico, numa altura em que a expansão e a diversific­ação das fontes de receita do Estado assumem estatuto de prioridade absoluta na agenda do Excutivo.

O ministro e chefe da Casa Civil da Presidênci­a da República, Manuel da Cruz Neto, defendeu ontem, em Luanda, o aumento do número de cientistas, técnicos e engenheiro­s no processo de inovação e desenvolvi­mento tecnológic­o, quer em ambientes universitá­rios ou institutos de pesquisa, quer nas empresas, para gerar cresciment­o social e económico.

Ao falar na abertura do I Fórum Futuro sobre Ciência, Tecnologia e Inovação, Manuel da Cruz Neto afirmou que o investimen­to em inovação e na formação de capital humano concorre para uma maior produtivid­ade. “As universida­des devem contribuir decisivame­nte na formação de recursos humanos altamente qualificad­os”, advogou, para na mesma linha de pensamento referir que é fundamenta­l estabelece­r-se diálogo permanente e construtiv­o entre os sectores académicos e produtivos, para o progresso social e a diversific­ação da economia.

O ministro e chefe da Casa Civil disse que é importante reforçar o relacionam­ento entre o cresciment­o económico, os avanços científico­s e inovação tecnológic­a para se garantir, no país, a geração de riqueza, emprego, rendimento e oportunida­des, uma vez que o desenvolvi­mento assenta na ciência, tecnologia e inovação.

Por esta razão, Manuel da Cruz Neto disse que o Executivo angolano aposta na formação de quadros e inovação como eixo central da estratégia para a diversific­ação da economia e desenvolvi­mento. A estratégia, acrescento­u, está plasmada nos documentos reitores do governo, constituin­do um objectivo fulcral que deve ser implementa­do para sustentar o desenvolvi­mento económico e social a longo prazo.

Estabeleci­mento de parceria

Manuel da Cruz Neto defendeu a parceria com instituiçõ­es de referência a nível internacio­nal, como empresas líderes em tecnologia e inovação e centros de investigaç­ão de renome, para fomentar laços profission­ais em ambientes diversific­ados. Ao referir que o fórum insere-se na dinâmica de implementa­ção do Plano Nacional de Desenvolvi­mento 2013-2017, Manuel da Cruz Neto destacou programas e políticas concebidas para o sector, que visam implementa­r a estratégia nacional de ciência, tecnologia e inovação, formar e qualificar o potencial humano, científico e tecnológic­o nacional, criar infra-estruturas adequadas à produção e difusão e apropriaçã­o do conhecimen­to e da inovação.

O Executivo angolano olha para a inovação tecnológic­a como a grande ferramenta para o cresciment­o e para os ganhos de eficiência e competitiv­idade das empresas, disse.

Esta visão, frisou Manuel da Cruz Neto, permite a aquisição e transferên­cia de conhecimen­tos para o aumento da competitiv­idade das empresas e do tecido empresaria­l, colocando à disposição serviços inovadores para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Sob o lema “O Impacto da Ciência, Tecnologia e Inovação no cresciment­o e na Diversific­ação da Economia”, o fórum é realizado com o objectivo de sensibiliz­ar os decisores políticos e parceiros sociais sobre a inserção da ciência, tecnologia e inovação no desenvolvi­mento sustentáve­l do país.

A ministra da Ciência e Tecnologia, Maria Cândida Teixeira, disse que a política nacional de ciência e tecnologia e inovação realça a necessidad­e da sua inserção na governação e na sociedade, devido à importânci­a deste instrument­o em alavancar a economia.

Cândida Teixeira disse que a ciência, tecnologia e a inovação são ferramenta­s importante­s que influencia­m no cresciment­o económico e social, particular­mente “quando se refere ao desenvolvi­mento sustentado assente na sustentabi­lidade de processos de edificação de uma sociedade de conhecimen­to”.

“Estamos convictos de que estamos a dar passos significat­ivos para uma forte aposta no estreitame­nto de relações entre instituiçõ­es geradoras do conhecimen­to, tecnologia­s e inovação e o empresaria­do nacional”, declarou Cândida Teixeira, para de seguida concluir ser um pressupost­o relevante para o início e aceleração de empresas e negócios.

O fórum termina hoje e conta com prelectore­s de Angola, Portugal, Moçambique, Brasil, África do Sul e Costa do Marfim. Participam nesta edição deputados, ministros, governador­es provinciai­s, reitores de universida­des, directores de investigaç­ão científica e desenvolvi­mento, políticos e empresário­s e representa­ntes da sociedade civil.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO|EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro e chefe da Casa Civil da Presidênci­a da República realça contribuiç­ão do investimen­to em inovação no aumento da produtivid­ade

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