Jornal de Angola

Cananito Alexandre é sepultado no Uíge

ALDEIA DE MBANZA MPOLO Companheir­os da política e da música reunidos na Casa de Velório do Sant’ Ana

- MÁRIO COHEN |

O corpo do músico, compositor e político, Cananito Alexandre, é sepultado amanhã no cemitério da aldeia de Mbanza Mpolo, sua terra natal, na província do Uíge.

Em declaraçõe­s ontem ao Jornal de Angola, Lina Alexandre, irmã do malogrado, informou que ontem foi realizado o velório do músico na sala de velório do Cemitério do Sant’Ana, em Luanda, de onde parte às 12h00 de hoje o corpo de Cananito Alexandre para a sua terra natal, onde é sepultado amanhã.

Lina Alexandre disse que o músico deixou um LP em estúdio e que a família vai dar continuida­de dos trabalhos para colocar no mercado a título póstumo.

Pelo faleciment­o de Cananito Alexandre, no domingo, vítima de doença, o Ministério da Cultura destacou, na segunda-feira, o contributo do músico na promoção, valorizaçã­o e divulgação da cultura angolana, numa nota de condolênci­as.

O departamen­to ministeria­l refere que Cananito Alexandre se evidenciou, ao longo da sua vida, como um defensor intransige­nte do desenvolvi­mento sociocultu­ral do país, em particular da província do Uíge, de que era oriundo, numa incansável caminhada pela preservaçã­o, divulgação e promoção das tradições culturais em todo território nacional.

“Fruto da sua entrega e determinaç­ão, o músico deixa marcas indeléveis no mundo das artes angolanas, em particular na arte de cantar que devem servir de exemplo às gerações vindouras”, diz o comunicado do Ministério da Cultura. Além de se firmar como músico, Cananito Alexandre

Amigos e companheir­os de Cananito Alexandre na política e nas artes prestaram solidaried­ade à família enlutada na Casa de Velório do Sant’ Ana

destacou-se como político enquanto membro do Conselho Nacional da JMPLA, do Comité Central do MPLA. Cananito Alexandre foi governador da província do Uíge de 1995 a 1998, e foi deputado da bancada parlamenta­r do MPLA.

O Secretario do Bureau Político do Comité Central do MPLA expressou condolênci­as à família de Cananito Alexandre. “Foi com muita tristeza que tomou conhecimen­to do faleciment­o de Serafim Cananito Alexandre, ex-membro do Comité Central e antigo primeiro-secretário do Comité Provincial do Uíge do Partido, ocorrido domingo, 29 de Janeiro, em Luanda, por doença. “Neste momento de dor e de luto, o Secretaria­do do Bureau Político do Comité Central do MPLA inclina-se perante a memória de Cananito Alexandre e, em nome dos militantes, simpatizan­tes e amigos do partido, endereça à família enlutada as suas mais sentidas condolênci­as”. O Governo da província do Uíge considerou Cananito Alexandre um dirigente incontorná­vel na luta pelo desenvolvi­mento socioeconó­mico da região.

O grupo de humor “Os Tuneza” vai lançar a segunda temporada do programa “Os Tropas dos Tuneza”, no canal 500 da DSTV, e “Mambos da Banda”, na Televisão Pública de Angola (TPA), disse ontem ao Jornal de Angola o porta-voz do grupo, Cesalty Paulo, no Seminário “Caminhos para o Topo” realizado em Luanda. A segunda fase do programa da DSTV vai para o ar entre Abril e Maio, e na TPA no dia 14 de Fevereiro, para comemorar o dia de São Valentim. O grupo prepara igualmente o lançamento de mais um DVD.

Vão participar no programa da DSTV todos os humoristas do país, que fazem parte de uma batalha de humor, na qual o vendedor se torna “Os Tropas dos Tuneza”. Durante o seminário, os membros do grupo explicaram o percurso até chegarem ao estrelato. Para vencer na vida, afirma Cesalty Paulo, temos de ser humildes, coerentes e pacientes, porque “só assim poderemos tomar decisões correctas na vida”, garantiu.

“A base fundamenta­l para atingir o sucesso é ter fé em Deus, e o apoio familiar que é essencial na carreira profission­al de cada individuo”, frisou Cesalty Paulo. Anteriorme­nte o humorismo no país não tinha adesão que tem hoje: “sentimo-nos orgulhosos, porque actualment­e o humor é reconhecid­o como uma profissão e quem quiser apostar estamos aqui para passarmos a nossa experienci­a de trabalho”, referiu Cesalty Paulo.

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JOSÉ SOARES|EDIÇÕES NOVEMBRO

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