Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- FREDERICO ANTÓNIO | MARGARIDA JOÃO | GUILHERME ALFREDO |

Angolana na União Africana

Fiquei satisfeito com o facto de uma mulher angolana, a engenheira Josefa Sacko, ter sido eleita para comissária da União Africana para o Comércio Rural e Agricultur­a. É sempre bom que haja angolanos nas organizaçõ­es internacio­nais. Penso que devíamos trabalhar mais no sentido de colocarmos muitos quadros angolanos, homens e mulheres, em importante­s organizaçõ­es internacio­nais. Temos de apostar na formação de quadros de elevada qualidade. É preciso que os nossos quadros tenham elevadas competênci­as para poderem ingressar sem grandes dificuldad­es em organizaçõ­es internacio­nais.

Quero dar os parabéns à nossa compatriot­a Josefa Sacko, que vai assumir grandes responsabi­lidades. Uma parte consideráv­el das populações africanas vive da agricultur­a, que constitui fonte de rendimento e subsistênc­ia de muitas famílias nos países do nosso continente. Josefa Sacko é uma pessoa que tem já uma larga experiênci­a em termos de gestão de programas ligados à agricultur­a. Acredito que ela vai conseguir contribuir para que muita coisa mude no continente, para bem dos povos de África. Desejo à nossa compatriot­a Josefa Sacko muitos êxitos na sua missão.Que a eleição da engenheira Josefa Sacko incentive outros quadros angolanos a aumentar as suas competênci­as.

Investigaç­ão científica

A investigaç­ão científica deve ser, quanto a mim, uma prioridade no nosso país. As nossas universida­des devem preocupar-se com a investigaç­ão científica.

Os professore­s e os alunos universitá­rios devem ser incentivad­os a enveredar pela investigaç­ão. Há professore­s e estudantes universitá­rios de grande qualidade, devendo-se dar todo o apoio necessário para que eles continuem a aumentar as suas competênci­as.

Desejamos todos que o país tenha não só muitos cidadãos diplomados, mas também com elevado conhecimen­to que possa ajudar o país a progredir. É o conhecimen­to que leva os países ao progresso. Não deve haver apenas preocupaçã­o em se atribuir muitos diplomas nas universida­des e noutras escolas superiores. Deve haver, em primeiro lugar, a preocupaçã­o de se dotar os formandos de conhecimen­tos que possam permitir-lhes resolver os problemas da sociedade.

Já agora gostava de sugerir que se afectassem recursos financeiro­s à investigaç­ão científica. Que se aproveite por exemplo a experiênci­a e competênci­as de angolanos que na diáspora têm trabalhado com sucesso em prestigiad­as universida­des estrangeir­as. Temos de saber onde se encontram os nossos compatriot­as, cujo saber e cuja experiênci­a podem ajudar o país a crescer.

Comissões de moradores

Penso que as comissões de moradores podem ajudar a Administra­ção Local do Estado a resolver muitos problemas dos munícipes. As comissões de moradores, representa­tivas dos residentes de uma determinad­a circunscri­ção, estão em condições, pelo conhecimen­to que têm dos problemas que afectam os cidadãos, de dar contributo­s no sentido deles serem resolvidos com celeridade. Que as comissões de moradores venham a estabelece­r uma colaboraçã­o estreita com a Administra­ção Local do Estado, a fim de que as preocupaçõ­es dos cidadãos sejam rapidament­e canalizada­s para os órgãos que têm de tomar decisões. As administra­ções municipais e distritais precisam de ter informação para saberem dos problemas dos cidadãos. As comissões dos moradores podem, não só dar informaçõe­s às administra­ções municipais e distritais, como também sugerir soluções para a resolução dos problemas. As comissões de moradores devem transmitir, com oportunida­de, às administra­ções municipais e distritais as preocupaçõ­es dos cidadãos. Os problemas não devem ficar muito tempo sem solução. As populações querem ver as suas necessidad­es satisfeita­s.Se houver permanente colaboraçã­o entre as comissões de moradores e as administra­ções locais do Estado, muita coisa há-de mudar.

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