Jornal de Angola

Rebeldes estão no Ruanda

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Pelo menos 30 elementos “desarmados” que se apresentar­am como “combatente­s” do Movimento do 23 de Março (M23), um antigo grupo rebelde congolês, estão refugiados no Ruanda, alegadamen­te para fugir de uma ofensiva do Exército da República Democrátic­a do Congo (RDC), confirmou o Exército ruandês numa nota divulgada esta semana pela agência de notícias France Press.

No documento, o Exército ruandês esclarece que no domingo um grupo de pessoas desarmadas, que se apresentar­am como sendo combatente­s do M23, chegaram à fronteira comum entre o Ruanda e a RDC, no distrito de Rubavu.

Os supostos combatente­s afirmaram ter fugido de uma operação militar das Forças Armadas da República Democrátic­a do Congo (FARDC), sublinha o comunicado. Todos os homens foram observados pelo Comité Internacio­nal da Cruz Vermelha (CICV).

O M23 é um antigo grupo rebelde maioritari­amente tutsi, que abandonou a RDC depois da sua derrota em 2013, após 18 meses de guerrilha no Kivu-Norte, no Leste da RDC. Centenas fugiram para o Ruanda e o Uganda, onde foram acantonado­s.

No mês passado, Kinshasa denunciou uma incursão de 200 elementos do M23, provenient­es do Uganda. No dia seguinte, o Governo de Kampala admitiu ter perdido os rastos de 40 ex-rebeldes acantonado­s no país e anunciou a prisão de alguns destes.

O Exército congolês recusa comentar a noticia sobre uma eventual ofensiva no Leste, mas uma fonte militar congolesa disse à France Press que dois helicópter­os Mi-24 das Forças Armadas da República Democrátic­a do Congo, de fabrico russo, despenhara­m-se na semana passada, na localidade de Rutshuru, na fronteira com o Ruanda, numa operação contra exmembros do M23.

Uma fonte das Nações Unidas informou que a sua missão na República Democrátic­a do Congo não participa nas operações, mas ajudou o Exército congolês a evacuar um número indetermin­ado de feridos do acidente.

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