Sede do fundo fica em Macau
A instalação da sede do Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento China-Países de Língua Portuguesa em Macau está iminente, anunciou ontem em Macau a vogal executiva do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), Glória Batalha Ung.
Glória Batalha Ung adiantou que o processo de transferência da sede do fundo está dependente de “procedimentos administrativos e de licenças”, mas salientou que deve ficar concluído no decurso deste ano.
Glória Batalha Ung adiantou que a transferência da sede do fundo de Pequim para Macau vai tornar mais fácil para as empresas locais a obtenção de informações sobre esse fundo. “Vai haver mais facilidade na procura de financiamento para os respectivos projectos e o desenvolvimento dos mercados dos países de língua portuguesa, em cooperação com as empresas da China, ao mesmo tempo que cresce o apoio às empresas dos países de língua portuguesa, para que participem na iniciativa “Uma Faixa e Uma Rota”.
Glória Batalha Ung, que falava para uma plateia constituída por mais de 250 representantes das associações comerciais e das empresas locais, disse que todos estes factores devem ajudar a elevar o papel de Macau enquanto plataforma de serviços financeiros para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa.
O Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa, anunciado em Novembro de 2010 pelo então primeiro-ministro Wen Jiabao, durante a terceira Conferência Ministerial do Fórum de Macau, tem uma dotação financeira inicial de mil milhões de dólares.
Os dados mostram que houve mais 46 milhões de turistas internacionais no ano passado, que se torna assim no sétimo ano consecutivo de crescimento do turismo mundial, notou o secretário-geral da OMT, Taleb Rifai, na conferência de imprensa de apresentação do relatório.
As áreas de Ásia-Pacífico e África registaram o maior aumento de turistas internacionais, na ordem de oito por cento, seguindo-se a das Américas, com quatro por cento, e a Europa, com dois por cento, enquanto o Médio Oriente protagonizou uma queda de quatro por cento.
Taled Rifai antevê para este ano a continuação do crescimento, a um ritmo que pode variar entre três e quatro por cento, destacando novamente as regiões da Ásia-Pacifico e África, que devem protagonizar subidas entre cinco e seis por cento.
Turismo sustentável
A Organização Mundial do Turismo declarou 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável. A meta é ampliar a compreensão e consciencialização sobre a importância do turismo na distribuição da riqueza proporcionada pelas viagens. O potencial do turismo para o desenvolvimento sustentável é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um dos principais sectores de geração de emprego do mundo. A actividade oferece oportunidade de subsistência, ajuda a reduzir a pobreza e direcciona as actividades produtivas para o desenvolvimento e inclusão social.
Na adopção dos 17 Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela ONU, o turismo foi inserido em três deles: 8.º Promover o crescimento económico sustentável e inclusivo, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos; 12.º - Consumo e produção sustentável; e 14.º - Conservação e uso sustentável dos oceanos, mares e fontes marinhas para o desenvolvimento sustentável.
Com esses três objectivos, o ano de 2017 é oportuno para a sensibilização de viajantes e destinos sobre a contribuição do turismo sustentável para o desenvolvimento económico e social. A mobilização conjunta torna a actividade um catalisador de mudanças positivas com acções políticas, práticas de negócios e comportamento de consumo que contribuem para o desenvolvimento racional do destino. A sustentabilidade tem como base os pilares económico, social e ambiental. O turismo, se bem concebido e gerido, proporciona emprego e renda em harmonia com a natureza, a cultura e a economia dos destinos.
O consumo responsável dos serviços turísticos também minimiza impactos negativos ambientais e socioculturais e, ao mesmo tempo, promove benefícios económicos para as comunidades locais e no entorno dos destinos.