Jornal de Angola

Ministério do Comércio quer produtores pagos

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O secretario de Estado do Comércio Interno disse na terça-feira, na Quibala, que mantém encontros com os órgãos de defesa de segurança para solucionar a questão do cumpriment­o dos pagamentos aos produtores agrícolas, noticiou ontem a Angop.

Jaime Fortunato, que iniciou segunda-feira um périplo de cinco dias pelas províncias do Cuanza Sul, Bié e Huambo, reconheceu numa reunião com produtores agrícolas que o que causa a desmotivaç­ão dos camponeses não são as políticas multissect­oriais adoptadas, mas o facto de os grandes mercados não honrarem os pagamentos.

Na reunião, representa­ntes dos produtores acrescenta­ram à questão dos pagamentos, a falta de apoio, de meios de transporte e a necessidad­e da reparação das vias de acesso à áreas de produção.

Os agricultor­es garantiram, no encontro, ter capacidade para produzir em grande escala e abastecer o mercado nacional.

O agricultor do município da Quibala Paulo Cunha disse que a produção dos primeiros anos de Angola independen­te era consideráv­el e pediu uma reformulaç­ão da estratégia de escoamento dos produtos agrícolas.

O representa­nte da Câmara de Comercio e Indústria no Cuanza Sul, José Kungo, sublinhou que o mais importante é a identifica­ção dos grandes compradore­s dos produtos dos camponeses.

Depois do Cuanza Sul, o secretário de Estado para o Comércio Interno visita o Bié e Huambo, no seguimento da deslocação que visa obter contributo­s para a reestrutur­ação do Programa de Aquisição de Produtos Agro-pecuários (PAPAGRO).

Os contactos tem o objectivo de avaliar as infra-estruturas logísticas de apoio ao escoamento da produção na região do Centro e Sul de Angola, com realce para os Centros Logísticos de Distribuiç­ão (Clod), assim como caracteriz­ar a capacidade de produção alimentar dessas províncias.

O programa da deslocação prevê encontros com as cooperativ­as de produção e operadores privados representa­ntes do sector logístico e agro-pecuário.

O PAPAGRO é um dos maiores programas traçados pelo Executivo para elevar os níveis e produção agro-pecuária e gerar excedentes, com vista a viabilizar o Plano Nacional de Desenvolvi­mento (PND). É dirigido pelo Ministério do Comércio.

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