Mercado sem “bomba” de última hora
As transferências de Óscar, Draxler e Gonçalo Guedes assumiram destaque no mercado de Inverno do futebol europeu, que encerrou na segunda-feira com muita movimentação no velho continente, mas sem qualquer bomba de última hora.
Aquele que é, certamente, um dos dias mais movimentados para todos os agentes do futebol, encerrou sem surpresas de maior e sem qualquer transferência milionária ao ‘cair do pano’, visto que os negócios mais avultados já tinham sido concluídos antes do habitual ‘frenesim’ de encerramento do mercado.
Em Inglaterra, o líder Chelsea realizou o maior negócio na ‘janela de transferências’, ao vender o brasileiro Óscar para os chineses do Shanghai SIPG, por 60 milhões de euros (ME), enquanto o Manchester United, de José Mourinho, se limitou a ‘arrumar a casa’, com as vendas do médio francês Schnerderlin para o Everton (23 ME) e do avançado holandês Memphis Depay para o Lyon (16 ME).
Já o Manchester City consumou a aquisição do brasileiro Gabriel Jesus (ex-Palmeiras), depois de ter pagado 32 ME pelo jogador no Verão, ao passo que o Southampton vendeu o internacional português José Fonte ao West Ham, por 9,2 ME, e recrutou o avançado italiano Gabbiadini, ao Nápoles, por 17 ME. Um dos clubes mais activos em Inglaterra foi o Hull City, agora orientado pelo português Marco Silva, que assegurou oito reforços, entre os quais Evandro (ex-FC Porto), Lazar Markovic (ex-Sporting), Ranocchia (ex-Inter de Milão) e Grosicki (ex-Rennes).
Em França, registaram-se duas das movimentações mais dispendiosas, ambas a cargo do tetracampeão Paris Saint-Germain: o médio internacional alemão Draxler, que deixou o Wolfsburgo por 40 ME, e o jovem avançado português Gonçalo Guedes, recrutado ao Benfica por 30 ME.
O Marselha também abriu os ‘cordões à bolsa’ e fez regressar o internacional francês Dimitri Payet, pagando quase 30 ME, além de ter contratado o experiente lateral esquerdo Patrice Evra, proveniente da Juventus.
O pentacampeão italiano gastou 23 ME nas aquisições de Mattia Caldara e Tomás Rincón, enquanto o ‘perseguidor’ Nápoles se reforçou com Leonardo Pavoletti (18 ME), além dos préstimos de Deulofeu (ex-Everton) e Lucas Ocampos (ex-Génova). Com os dois ‘grandes’ de Madrid, Real e Atlético, impedidos de contratar jogadores até Janeiro de 2018, e com o FC Barcelona em ‘branco’ nesta ‘janela de transferências’, o Sevilha, actual segundo classificado da Liga espanhola, contratou o argentino Walter Montoya (5,5 ME), o francês Lenglet (5 ME) e o avançado montenegrino Jovetic, cedido pelo Inter de Milão. Contudo, o último dia de inscrições em Espanha ficou marcado, sobretudo, pela transferência de Alexandre Pato, do Villarreal para os chineses do Tianjin Quanjian, que, depois de terem dispensado 20 ME na aquisição do belga Witsel (ex-Zenit), pagaram ao ‘submarino amarelo’18 ME pelo avançado brasileiro.
Na Alemanha, o Bayern de Munique, como é seu hábito, não realizou qualquer contratação de Inverno, ao contrário do Borussia Dortmund, que operou apenas a contratação do jovem avançado sueco Alexander Isak (ex-AIK Solna), por oito milhões de euros.
De resto, na Bundesliga, o Wolfsburgo aproveitou os 40 ME recebidos por Julian Draxler e canalizouos para as aquisições de Yunus Malli (ex-Mainz), Bazoer (ex-Ajax) e Ntep (ex-Rennes).