Reino Unido estuda modelo para facilitar financiamento
O Reino Unido admite facilitar novos modelos de financiamento para Angola, numa altura em que o país enfrenta dificuldades fiscais, escassez de divisas e de recursos financeiros para promover a diversificação da economia, considerou ontem, em Luanda, o embaixador britânico, John Dennis.
“Estes modelos traduzem-se em parcerias público-privadas, que possam oferecer a possibilidade de combinar recursos públicos com os privados, inclusive recursos privados estrangeiros para a construção de novas infra-estruturas no país”, afirmou John Dennis, em entrevista à Angop,
O diplomata anunciou que está a ser preparada uma conferência em Londres (ainda sem data) para estimular o interesse das empresas britânicas em investir em Angola.
Sublinhou que o Reino Unido também está a promover uma série de seminários sobre parcerias, que contam com a participação de governantes angolanos.
Na vertente de investimentos, informou que o Reino Unido investiu no país, em 2015, cerca de um mil milhão e três libras, adiantando que se aguardam dados mais recentes sobre as relações comerciais bilaterais.
John Dennis apontou os sectores da Agricultura e das Finanças como os eleitos na cooperação entre os dois países, lembrando que, em Junho de 2016, os dois países assinaram um memorando para a cooperação nos vários domínios.
Salientou que o Reino Unido está num processo de identificação de oportunidades de investimentos específicos no país. “É um processo que vai decorrer de forma gradual. Identificar de forma exacta as oportunidades de negócio pode atrair o interesse concreto dos potenciais investidores do Reino Unido”, disse.
O embaixador britânico afirmou que o mais importante neste momento para Angola é esclarecer as oportunidades de investimento aos investidores.
“É evidente que existem neste momento mais oportunidades para os investidores estrangeiros, mas as condições nem sempre são claras. Considero que as autoridades a nível nacional ou regional deviam esclarecer melhor estas condições”, pontualizou.
John Dennis augura melhores tempos para o país. Considerou os desafios de Angola como “significantes”, acrescentando que o mais importante é a determinação das autoridades angolanas em querer ultrapassá-los.