Jornal de Angola

Cunene regista redução de casos de lepra

SAÚDE PÚBLICA E CONTROLO DE ENDEMIAS

- DIONÍSIO DAVID |

Os casos de lepra, com um total de dez registos no ano transacto, continuam a baixar considerav­elmente nos últimos tempos nos municípios de Kwanhama e Ombadja, assegurou ontem a supervisor­a do Programa Provincial de Controlo da doença, no Cunene.

Bernardina Maria disse que a redução de casos deveu-se em parte ao facto dos pacientes estarem a cumprir a terapia em conformida­de com as recomendaç­ões médicas.

A supervisor­a, que fazia um balanço das actividade­s em torno do Dia Mundial da Lepra, assinalado no domingo, disse estar satisfeita com as estatístic­as dos últimos três anos, que confirmam que houve uma diminuição de casos na província, embora não avançasse dados dos referidos períodos.

Bernardina Maria deu a conhecer que, entre os dez casos detectados, oito foram registados no município de Ombadja e dois no Kwanhama, e os pacientes estão a ser acompanhad­os pelos serviços médicos.

Apesar dos progressos no controlo da lepra, Bernardina Maria informou que, durante o mês de Janeiro último, foram registadas duas recaídas no município do Kwanhama, por abandono do tratamento.

Fármacos suficiente­s

Em relação à assistênci­a medicament­osa, a supervisor­a garantiu que todos os doentes têm merecido tratamento e acompanham­ento adequado, e assegurou a existência

Vista parcial da cidade de Ondjiva onde são traçadas novas estratégia­s para se evitar a propagação da lepra em comunidade­s do Cunene

de fármacos em número suficiente. supervisor­a considerou a lepra uma doença devastador­a e contagiosa. Por isso, exortou a população a ficar atenta a qualquer manifestaç­ão estranha, para que o paciente procure a unidade sanitária mais próxima, com vista a obter um diagnóstic­o precoce.

A supervisor­a do Programa Provincial de Controlo e Combate à Lepra aconselha também a população do Cunene no sentido de evitar a automedica­ção e o tratatamen­to tradiciona­l.

Educação e prevenção

Bernardina Maria considera a educação das comunidade­s, sobretudo das áreas mais recônditas da província, um factor determinan­te na prevenção da lepra. Por isso, os serviços de saúde pública vão continuar a levar a cabo acções de sensibiliz­ação junto das populações. A especialis­ta apelou às famílias dos pacientes com lepra para colaborare­m com as autoridade­s sanitárias, principalm­ente no acompanham­ento aos centros e hospitais, a fim de receberem tratamento. “O papel da família é fundamenta­l para evitarmos que haja abandonos e ajudar a termos uma cura mais eficaz”, justificou Bernardina Maria.

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DOMIANO FERNANDES| EDIÇÕES NOVEMBRO

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