Luta contra o zika é longa
Um ano depois de decretar emergência internacional por causa da proliferação do vírus da zika no Mundo, a cúpula da Organização Mundial da Saúde (OMS) admite que “ainda está no escuro” diante de vários aspectos da doença, mesmo que muitas perguntas sobre o vírus tenham sido respondidas.
A constatação faz parte de um documento apresentado pela OMS numa reunião com doadores, em Janeiro, para atualizar a comunidade internacional sobre os passos a dar nos próximos passos.
A agência de saúde da ONU estima que são pelo menos cinco as questões ainda sem respostas definitivas. Qual é o risco absoluto da síndrome congénita do zika, quais os factores de risco para a microcefalia, a extensão da infecção em áreas com o mosquito, o risco de transmissão sexual e o papel da imunidade natural em diferentes regiões com surtos que tenham ocorrido no passado. A entidade já declarou o fim da emergência e optou por transformar o cenário de urgência em programa de longo prazo. Pesquisadores da agência admitiram que a luta contra o zika será longa e onerosa para os governos.
Além de lidar com o mosquito vector da doença, estes precisam de preparar-se para ajudar famílias a lidar com crianças com má-formação e problemas que ainda nem sequer são conhecidos.
No caso de Angola, dados oficiais indicam que foram confirmados nos últimos tempos três casos de zika. Fontes dentro da própria OMS criticaram o fim da emergência, alertando que a decisão retirou o foco de doadores e foi prematura.
A doença é transmitida prinicipalmente pelo mosquito Aedes e as pessoas infectadas pode ter sintomas como febre ligeira, erupções cutâneas, conjuntivite , dores nas articulações ou dor de cabeça. Existe consenso cientíco de que o vírus ´a causa da microcefalia e está a ser investigada eventuial ligação com outras vcomplicações.