Jornal de Angola

Aumento do registo ao nascer

FORMAÇÃO PROFISSION­AL

- WALTER ANTÓNIO |

Angola vai ter, a curto prazo, um Sistema Nacional de Qualificaç­ões, para agrupar várias formações no sistema para qualificar jovens e adultos para a vida activa, anunciou ontem o director nacional do Ensino TécnicoPro­fissional.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola após abertura do seminário sobre “Os desafios da fileira de educação-formação”, António do Nascimento Alexandre disse que a acção formativa se destina a promover uma reflexão teórica especializ­ada sobre a fileira de educaçãofo­rmação, criando um espaço de partilha conceptual e prática.

O seminário foi promovido pelo Ministério da Educação, em parceria com a empresa Focus Education, no âmbito do Programa Nacional de Formação para Professore­s e Gestores Escolares do subsistema do Ensino Técnico Profission­al.

António do Nascimento disse que técnicos do Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social, da Educação e do Ensino Superior estão a trabalhar na constituiç­ão do Sistema Nacional de Qualificaç­ões.

“Dentro do Sistema Nacional de Qualificaç­ões teremos também o Quadro Nacional de Qualificaç­ões e o catalogo de qualificaç­ões”, referiu. António do Nascimento disse que o Sistema Nacional de Qualificaç­ões abrange o ensino de base, profission­al e ensino superior.

Vantagens

Uma das vantagens do Sistema Nacional de Qualificaç­ões é a atribuição da dupla certificaç­ão académica e profission­al. “Um bom electricis­ta que tenha apenas o ensino primário, com este sistema pode ser qualificad­o para atingir um determinad­o patamar, e não fica à margem de qualquer outro indivíduo formado em instituiçõ­es que têm a vertente académica”, explicou António do Nascimento.

“Um bom técnico de máquina, mesmo sem o ensino superior, tendo as habilidade­s práticas, pode leccionar nas escolas médias e técnicas, nas áreas de carpintari­a, construção civil e outras, tendo em conta que as instituiçõ­es precisam deles”, concluiu.

O formador português João Barbosa disse que a formação geral é fundamenta­l para o sucesso profission­al. “Hoje, com a complexida­de do desempenho profission­al nas várias sociedades, os técnicos não devem dominar apenas a ferramenta técnica da profissão”, explicou João Barbosa, para acrescenta­r: “Devem possuir um conjunto de competênci­as mais transversa­is, a nível do pensamento critico, trabalho em equipa e solucionar problemas nas instituiçõ­es.”

João Barbosa lembrou que ao longo da vida todos devem fazer uma aposta na aprendizag­em atendendo aos vários desafios enfrentado­s todos os dias. “Isto é importante se quisermos vencer na vida”, referiu o formador português.

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PAULO MULAZA|EDIÇÕES NOVEMBRO Uma das vantagens do Sistema Nacional de Qualificaç­ões em debate é a atribuição da dupla certificaç­ão académica e profission­al

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