Sector do comércio domina negócios
O Aeroporto Internacional de Luanda, em construção a 40 quilómetros do centro da cidade, está a ser preparado para se tornar num verdadeiro pólo de atracção comercial, disse terça-feira à Angop o director comercial adjunto da Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENANA).
Domingos da Silva afirmou, com base nas recomendações do Conselho Internacional dos Aeroportos e no próprio processo de refundação em curso na ENANA, que “o novo aeroporto será um verdadeiro pólo de atracção comercial.”
As infra-estruturas relacionadas com o desenvolvimento do negócio extra-aviação estão salvaguardadas no recinto, com destaque para projectos imobiliários como a construção de hotéis, cinemas, centros comerciais e de conferências, apontou.
Além destes negócios, estão incluídos o arrendamento e concessão de espaços comerciais, serviço de táxi personalizado, parques para estacionamento de viaturas e espaços publicitários dentro e no perímetro aeroportuário.
Domingos da Silva avançou que os sectores comercial, de publicidade e marketing têm, desde o início da obra, interagido com os responsáveis pela construção para que o negócio não aviação esteja acautelado na plenitude.
Liderança do marketing
Os serviços de marketing e publicidade são apontados como as principais fontes de receitas da ENANA
Negócios extra-aviação são implantados ainda na fase de construção do aeroporto
nos negócios extra-aviação, mas ainda têm que maximizar o pontencial de crescimento, principalmente nos aeroportos do Namibe, Huíla, Cunene, Zaire, Benguela, Uíge e Moxico, por serem as unidades reinauguradas mais recentemente.
“É um trabalho que necessita de se desenvolver, para que as receitas provenientes desses serviços possam ajudar e também aumentar as receitas desses aeroportos e, consequentemente, as globais da ENANA”, disse Domingos da Silva.
Trinta e oito por cento das receitas globais de 2016 são provenientes de negócios não aviação, tendo o Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro contribuído com mais de metade desse valor. A ENANA está a levar a cabo um programa estratégico, para atrair investimentos de fora da aviação, por forma a rentabilizar as infra-estruturas aeroportuárias reabilitadas, no âmbito do processo de refundação da companhia levado a cabo em todo o país, desde 2004.
O negócio não aviação, que consiste na captação de lucros fora dos gerados pela indústria aeronáutica, surgiu na década de 70 nos Estados Unidos. O Novo Aeroporto Internacional de Luanda entrará em fase de operação em 2018 com uma capacidade de tráfego de 15 milhões de passageiros e 600 mil toneladas de carga por ano.