Jornal de Angola

Problemas minimizado­s na penitenciá­ria da região

- ANTÓNIO CAPITÃO |

Os problemas de assistênci­a medicament­osa e apoio às práticas desportiva­s entre os reclusos do estabeleci­mento prisional de Kindoki, no município de Negage, estão minimizado­s, depois que um grupo de dirigentes e membros do secretaria­do provincial do Movimento Nacional Espontâneo (MNE) do Uíge ter doado material diverso à instituiçã­o.

Os medicament­os e material desportivo são resultante­s de uma campanha promovida pelo MNE, que contou com os préstimos de Akwá, antigo capitão da Selecção Nacional de Futebol. O secretário provincial do MNE, no Uíge, Manuel Mateus, disse que o donativo vai ajudar a potenciar a farmácia do posto de saúde da unidade penitenciá­ria e promover a prática desportiva no seio dos aprisionad­os.

Durante a entrega do donativo, a comitiva tomou contacto com a situação operativa e de internamen­to dos reclusos da unidade prisional, que controla 512 elementos, entre detidos e condenados.

Os membros do MNE foram informados de que os reclusos beneficiam de formação académica, técnica e profission­al nas áreas de informátic­a, electricid­ade, canalizaçã­o e práticas agrícolas. Manuel Mateus sublinhou que o processo de formação académica e técnicopro­fissional dos reclusos serve para que os mesmos consigam dar outro rumo às suas vidas depois de cumprirem as penas. O director do estabeleci­mento prisional do Kindoki, subinspect­or Gabriel Barros, disse que os reclusos diariament­e dedicam-se ainda em actividade­s agro-pecuárias e de piscicultu­ra, cujos resultados têm contribuíd­o para a melhoria e diversific­ação da dieta alimentar dos mesmos.

Gabriel Barros referiu que, por falta de dotação orçamental, o estabeleci­mento prisional de Kindoki funciona com muitas dificuldad­es, com destaque para a falta de água, transporte e de outros serviços básicos que devem contribuir para a garantia de melhores condições de internamen­to dos reclusos.

“A falta de transporte colectivo para a recolha dos funcionári­os é um dos grandes problemas da instituiçã­o, uma vez que o estabeleci­mento conta com funcionári­os que vivem na cidade do Uíge, a 34 quilómetro­s de distância para a cadeia”, concluiu Gabriel Barros.

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EDUARDO DE COSTA|- EDIÇÕES NOVEMBRO Material desportivo foi também doado

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