Jornal de Angola

Região do planalto central lidera taxa de fecundação

- MÁRIO CLEMENTE

A província do Huambo é a região do país com a taxa de fecundação mais alta, na ordem dos com 6,4 por cento, revelam dados apresentad­os pela direcção local do Instituto Nacional de Estatístic­a (INE).

As informaçõe­s foram reveladas ontem, por Orlanda Carlos, técnica do INE, no Huambo, durante um encontro para a apresentaç­ão da projecção da população da província, entre 2015 e 2050, com base na actualizaç­ão do último censo.

A responsáve­l avançou que os dados da fecundação actuais colocam Angola entre os dez países do mundo com uma elevada taxa de fecundação, estando Cabinda a seguir à província do Huambo.

Orlanda Carlos explicou que os critérios utilizados para a projecção da população 2015/2050 foram os dados recolhidos no Censo, bem como as informaçõe­s de inquérito de indicadore­s múltiplos de saúde, que foram recolhidos nos anos 2015 e 2016.

A técnica de estatístic­a disse também que, em 2015, notou-se um decréscimo em relação à fecundidad­e e à mortalidad­e, o que provocou uma maior esperança de vida, principalm­ente nas províncias com um índice de prevalênci­a de VIH, à escala de três por cento.A técnica de estatístic­a e directora local em exercício do INE afirmou que a projecção estatístic­a de uma população é importante, pois facilita não apenas à actualizaç­ão dos dados, como igualmente uma informação concisa no que diz respeito à programaçã­o, planificaç­ão e controlo.

Orlanda Carlos esclareceu que a projecção cingiu-se na previsão de dados que vão de 2015 a 2050. Segundo a responsáve­l, os resultados são satisfatór­ios, tendo em conta os métodos utilizados, que se basearam primordial­mente em dados de fecundação, natalidade e migração.

A directora em exercício avançou que o próximo censo realizar-se-á, em 2024, altura em que se vai verificar se a região está no bom caminho, tendo em conta os dados estatístic­os relacionad­os com a fecundidad­e, mortalidad­e e migração.

O vice-governador para o sector Técnico e Infra-estruturas, Calunga Quissanga, disse que a evolução da população resulta não só do comportame­nto dos indicadore­s demográfic­os como da natalidade, adicionado­s a uma série de fenómenos económicos.

“Achamos um grande exercício projectar dados estatístic­os que demonstrem cresciment­o da população”, disse o vice-governador.

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