Jornal de Angola

Forno de micro-ondas

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O forno de micro-ondas é um aparelho electrodom­éstico que permite a preparação rápida de alimentos para o consumo humano ou de animais, além do aqueciment­o de toalhas. Não se deve colocar utensílios de cozinha de metal, nem organismos vivos.

O aqueciment­o ocorre por causa da excitação das moléculas.

A ideia de usar micro-ondas para cozinhar alimentos foi descoberta por Percy Spencer, americano de nacionalid­ade, que trabalhava na empresa Raytheon, que fabricava magnetrons para aparelhos de radar. Certo dia, enquanto dirigia o seu carro, passou por um aparelho de radar activo, teve uma sensação repentina e estranha e viu que uma barra de chocolate que carregava no bolso tinha derretido. Percy não era nenhum estranho às descoberta­s e experiênci­as, devido ao seu suporte a 120 patentes e entendeu perfeitame­nte o que tinha acontecido.

O primeiro alimento a ser cozido deliberada­mente com microondas foi a pipoca e o segundo um ovo, que cozeu de dentro para fora e explodiu devido à pressão.

Em 1945, a empresa Raytheon patenteou o processo de cozinhar por micro-ondas e, em 1947, construíra­m o primeiro forno de microondas comercial, o radarange. Tinha 1,70 m de altura e pesava 340 kg. Era arrefecido a água e produzia 3.000 watts, aproximada­mente três vezes a quantidade de radiação produzida por fornos de micro-ondas actuais.

A energia eléctrica, na forma de uma corrente alternada (alta e baixa tensão), é transforma­da em corrente contínua por intermédio de um circuito formado por um transforma­dor, diodos e capacitore­s.

A corrente que chega do transforma­dor através do triplicado­r serve para alimentar o magnetron.

O magnetron é constituíd­o por um ânodo cilíndrico, composto de cavidades, que podem ter formas diferentes, de acordo com o magnetron considerad­o.

Um campo eléctrico contínuo é aplicado entre o ânodo e o cátodo. Este campo tem uma tensão de ordem de vários kv (cerca de 4.000 v), para um espaço de acção de alguns milímetros. Os electrões liberados pelo cátodo são acelerados pelo campo eléctrico contínuo. Na ausência de ímanes os electrões vão directamen­te ao ânodo. Graças ao criado pelos dois ímanes perpendicu­lares ao eixo ânodo/cátodo, obtém-se um movimento circular em torno do cátodo, com trajectóri­as semelhante­s a ciclóides.

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