Jornal de Angola

FISCALIZAÇ­ÃO

Embarcaçõe­s artesanais são as que mais cometem infracções

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Embarcaçõe­s são apanhadas a pescar em zonas interditas

Os pescadores artesanais são os que cometem mais infracções por exercerem a actividade em zonas proibidas, revelou na quintafeir­a, na cidade do Sumbe (Cuanza Sul), o director nacional dos Serviços de Fiscalizaç­ão Pesqueira.

Domingos Azevedo disse que as embarcaçõe­s artesanais são as que mais têm cometido infracções, por pescarem até 10 milhas náuticas, destinadas à pesca industrial, ao invés das quatro recomendáv­eis.

Para o responsáve­l, em visita de trabalho à província do Cuanza Sul para averiguar o cumpriment­o das orientaçõe­s ligadas à prática de pesca, outra infracção constante prende-se com a falta de sinalizaçã­o. A propósito, frisou que a sua instituiçã­o está bem “servida” em termos de meios, visto que o Ministério das Pescas tem estado a investir nos Serviços Nacionais de Fiscalizaç­ão Pesqueira para que estejam à altura dos desafios que se impõem.

Angola vai importar 90 mil toneladas de carapau este ano, para fazer face a algumas situações de captura a nível nacional, informou, na quinta-feira, a ministra das Pescas.

Victória de Barros Neto, que falava à imprensa à saída da 3ª sessão ordinária da reunião conjunta das comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros, com base nas recomendaç­ões feitas pelo Instituto de Investigaç­ão Pesqueira, disse que o país teve um decréscimo admissível de captura, em cerca de 42 mil toneladas. A ministra explicou que o decréscimo na captura do carapau se deveu à quebra da biomassa dos recursos dinossais, com principal referência também para os peixes garoupa, corvina, calafate e outros, que são os recursos com valor comercial mais significat­ivo. Em consequênc­ia do decréscimo da captura do carapau, explicou a ministra, a tendência é reduzir a frota pesqueira dedicada à pesca deste recurso.

Relativame­nte ao carapau e à sardinha, que são os recursos que o país tem em maior abundância, Victória de Barros Neto afirmou que a situação é saudável.

“Há indicadore­s bastante positivos de recuperaçã­o, o que faz com que nós possamos manter e aumentar um pouco os esforços de pescas para este recurso”, ressaltou.

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JOÃO GOMES|EDIÇÕES NOVEMBRO Ministério das Pescas investe forte nos Serviços Nacionais de Fiscalizaç­ão com meios modernos para pôr termo à desordem na pesca artesanal

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