Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- ANTÓNIO ALEXANDR PEDRO BENTO FRANCISCO COSTA

Ano lectivo

Sou encarregad­o de educação e escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola para felicitar o diário, enaltecer os professore­s, alunos e os outros encarregad­os pela forma como o ano lectivo arrancou.

Nesta primeira e segunda semana foi possível notar a presença significat­iva de professore­s, embora o mesmo não se possa dizer dos alunos de uma maneira geral. Em todo o caso, foi bom saber que as escolas em Luanda estiveram todas organizada­s e preparadas para receber os alunos, nos diferentes turnos, e que as coisas arrancaram muito bem.

Espero que este espírito prevaleça e que os nossos professore­s e alunos saibam gerir positivame­nte todo este processo de ensino e aprendizag­em para bem dos nossos alunos e do nosso ensino. Para terminar, gostaria de exprimir as minhas mais calorosas saudações a professore­s e alunos.

Os sul-africanos lembram com saudade o homem que um dia disse que “trabalhand­o juntos vamos erguer um país em que cada sul-africano vai poder realizar-se pessoalmen­te e as lembranças do apartheid vão transforma­r-se numa ténue memória do passado”.

Este ano a governação do ANC está a dedicar-se à memória de Oliver Tambo cujo nome está imortaliza­do no famoso aeroporto internacio­nal de Joanesburg­o. Como angolano estou a gostar da forma como os sul-africanos estão a enaltecer o papel que “OR”, como gostava pessoalmen­te de ser chamado, teve para que a África do Sul trilhasse um caminho diferente do que viveu entre 1948 e 1994. Ainda bem que as gerações mais novas estão a ser devidament­e preparadas e ensinadas para lidar com o legado da História mais recente da África do Sul. Os mais velhos aqui na África do Sul, onde eu vivo desde há mais de 20 anos, gerem exemplarme­nte os processos de transição de uma geração para a outra. Isto constitui um exemplo para toda a África e gostaria que esse exemplo fosse acompanhad­o noutras paragens do continente.

Como angolano cuja terra acolheu numerosos combatente­s do ANC, digo que valeu a pena as autoridade­s do meu país terem ficado do lado certo da História, ao apoiarem inequivoca­mente o então movimento anti-apartheid.

Comércio ambulante

Sou usuário da Estrada de Catete e sempre que passo por essa via estruturan­te deparo-me com vendedores em pleno asfalto. Já muito se escreveu sobre o comércio e a venda ilegal na rua, mas importa sempre abordar este problema na medida em que a forma como as coisas são feitas afectam a vida de milhares de pessoas. A venda na rua e de qualquer forma contribui para o aumento de lixo, mau cheiro e degradação das condições de vida de todos nós. Como notamos, a maioria das pessoas que deambulam pelas ruas da cidade a vender corre inúmeros riscos, a começar com a sua própria segurança. Por outro lado, a venda em plena estrada é outra situação preocupant­e que merece a tomada de medidas urgentes para acabar com a presente situação. Na Estrada de Catete, uma via veloz, tem sido visível a presença de vendedores em plena estrada, correndo todos os riscos, sem que ninguém ou nenhuma entidade faça alguma coisa. Trata-se de um comportame­nto que, a ser reiterado, começa a tornar-se normal. Muitas maneiras de ser e de estar, que passaram a ser encaradas como naturais, começaram assim com insistênci­a e teimosia. Espero que a Polícia Nacional reponha a legalidade, punindo severament­e os que insistem em vender em plena estrada, atentando gravemente contra a sua segurança e a dos automobili­stas.

 ?? CASIMIRO PEDRO ??
CASIMIRO PEDRO

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola