Jornal de Angola

Literatura angolana no salão de Marrocos

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Um número significat­ivo de títulos de autores angolanos está patente na 23ª edição do Salão Internacio­nal da Edição e do Livro de Casa Blanca, em Marrocos.

A escritora Cremilda de Lima, prémio nacional de Cultura e Arte 2016, participa do certame com a apresentaç­ão de obras e como convidada ao debate sobre a integração cultural, que conta, neste mesmo painel, com a presença do escritor Aguinaldo Cristóvão e Lúcio Neto Amado, de São Tomé e Príncipe.

Angola, cuja delegação é chefiada pelo secretário de Estado da Cultura, Cornélio Caley, levou ao salão, que tem o seu final marcado para o dia 19 deste mês, diversas obras de autores angolanos publicadas pelo Instituto Nacional de Indústrias Culturais (INIC).

O programa do evento inclui a realização de conferênci­as, mesas-redondas, assinatura­s de autógrafos, apresentaç­ão de obras de novos autores, declamação de poesias, cerimónias de homenagem e oficinas dedicadas à juventude, todas elas animadas por escritores, profission­ais e especialis­tas nacionais e estrangeir­os.

Esta manifestaç­ão cultural, que decorre anualmente, tem o engajament­o de um grande número de intelectua­is, profission­ais do livro e amantes da cultura.

A abertura do salão foi marcada com a presença do príncipe Moulay Rachid Ben al Hassan, que na ocasião visitou o pavilhão dos países da Comunidade dos Estados da África Central, começando pelo espaço de Angola, cuja recepção contou com as presenças do secretário de Estado da Cultura, Cornélio Caley, e do embaixador de Angola no Reino de Marrocos, Benigno de Oliveira Vieira Lopes “Ingo”. Em 2014, foram convidados de honra os países da Comunidade Económica da África do Oeste; em 2015, a Palestina e, em 2016, os Emirados Árabes Unidos.

Este ano, tem como convidados os países da Comunidade dos Estados da África Central.

O secretário de Estado da Cultura destacou, na quinta-feira, em Marrocos, como uma “excelente” oportunida­de para o movimento literário angolano a participaç­ão no Salão Internacio­nal da Edição e do Livro de Casablanca.

De acordo com o chefe da delegação angolana, a presença do país no evento enquadra-se no plano de internacio­nalização do produto cultural angolano, com particular realce para a literatura.

Cornélio Caley afirmou que o país tem a oportunida­de de beber um pouco da experiênci­a marroquina para promover, cada vez mais, o produto cultural angolano dentro e fora de portas.

Durante o salão, os ministros e secretário­s de Estado da Cultura, que visitaram na quinta-feira alguns locais históricos marroquino­s, com destaque para a Mesquita Hassan II, abordam aspectos ligados ao fomento do livro e à promoção da leitura, para além das relações de cooperação e amizade entre os Estados, no quadro da cooperação bilateral no domínio do sector.

O embaixador de Angola no Reino de Marrocos, Benigno de Oliveira Vieira Lopes “Ingo”, afirmou que o Salão Internacio­nal da Edição e do Livro de Casablanca é de grande utilidade e necessário para Angola, tendo em conta o plano de internacio­nalização da literatura nacional.

O diplomata frisou que, através desta cooperação, os dois países evoluem para novas iniciativa e experiênci­as.

À semelhança das edições anteriores, a presente edição do salão conta com a presença de 50 países que expõem mais de 100 mil títulos e espera-se que passem pelo mesmo, na condição de visitantes, mais 350 mil pessoas.

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MIQUEIAS MACHANGONG­O|EDIÇÕES NOVEMBRO Secretário de Estado Cornélio Caley

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