Filme de Zezé Gamboa abre sessões em Bissau
O filme “O grande Kilapy”, da autoria do realizador Zezé Gamboa, foi exibido quarta-feira, em Bissau, na abertura das sessões de cinema africano em português, uma iniciativa da União Europeia, em colaboração com a Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau.
Do género drama e histórico, “O grande Kilapy” descreve o sistema colonial em Luanda, os seus valores e decadência, assim como regista alguns traços da identidade contemporânea da sociedade angolana, assinala um comunicado de Imprensa da Embaixada de Angola na Guiné-Bissau.
Com o actor brasileiro Lázaro Ramos no papel principal, o filme conta a história de Joãozinho, ocorrida entre 1960 e 1974, um jovem angolano descendente de uma família rica do período colonial e que apenas quer viver a vida, saindo com mulheres, divertindo-se com os amigos e gastando o seu dinheiro. Embora seja alto executivo do Banco Nacional Angolano, ele desvia os fundos da própria instituição onde trabalha, distribuindo dinheiro aos colegas, militantes pela libertação de Angola.
Joãozinho vai preso, mas quando sai da prisão é acolhido pela sociedade como um herói.
A sessão foi testemunhada por diplomatas angolanos e estrangeiros acreditados naquele país, além de membros da comunidade angolana residente na Guiné-Bissau, e teve lugar no Centro Cultural Português.
De acordo com a agenda, o projecto prossegue na próxima quartafeira, dia 15 de Fevereiro, altura em que é exibido, no mesmo espaço, o filme “O jardim do outro homem”, uma obra de ficção do realizador moçambicano Sol de Carvalho.
Os dois filmes são financiados pela União Europeia, no âmbito de um programa de cultura que visa contribuir para a luta contra a pobreza, através do reforço e viabilização das indústrias culturais.