Jornal de Angola

Baronesa no Huambo

- VICTÓRIA QUINTAS

A baronesa britânica Lindsay Northover garantiu ontem, na cidade do Huambo, o interesse de empresas do Reino Unido investirem em Angola, sobretudo no sector da Agricultur­a. Lindsay Northover apontou as potenciali­dades climatéric­as, ambientais e a fertilidad­e dos solos do Planalto Central como determinan­tes para a prática da Agricultur­a na região, salientand­o que a Embaixada britânica em Angola pode ajudar a viabilizar a intenção.

A baronesa britânica Lindsay Northover garantiu ontem, na cidade do Huambo, o interesse de empresas britânicas investirem em Angola, sobretudo no sector da Agricultur­a.

Lindsay Northover apontou as potenciali­dades climatéric­as, ambientais e a fertilidad­e dos solos como determinan­tes para a prática da agricultur­a na região, salientand­o que a Embaixada britânica em Angola pode ajudar a viabilizar a intenção.

Antes de vir a Angola, a baronesa disse que se reuniu com os responsáve­is da Universida­de Real da Agricultur­a do Reino Unido, que se mostraram disponívei­s para trabalhar com as autoridade­s angolanas.

O programa da visita de dois dias ao Huambo contempla visitas à Faculdade de Ciências Agrárias, Universida­de José Eduardo dos Santos e ao Instituto de Investigaç­ão Veterinári­a. A baronesa vai encontrars­e com o governador da província, João Baptista Kussumua.

A província do Huambo alberga a mais antiga Faculdade de Ciências Agrárias no país.

A baronesa, que é enviada especial da primeira-ministra britânica para Negócios entre Angola e o Reino Unido, efectuou em Junho do ano passado uma visita a Angola, durante a qual teve um encontro com o vice-governador da província de Luanda para o Sector Económico, José Cerqueira.

A baronesa Northover, que já esteve em Luanda em Fevereiro do mesmo ano, disse que o seu país tem todas as condições, a começar por peritos na matéria, que podem ajudar Angola a desenvolve­r o processo de diversific­ação da economia, em que a Agricultur­a é vista como sector-chave. “Temos ouvido falar de Angola, nesta altura da diversific­ação da economia, em que o preço do petróleo desce e sobe. Nós temos peritos e gostaríamo­s de investir no sector agrícola”, disse na ocasião.

O encontro com José Cerqueira, segundo a baronesa Northover, serviu também para se falar sobre o futuro e desenvolvi­mento da cidade de Luanda.“Luanda é uma cidade vibrante e populosa. Com certeza, há muitas necessidad­es, mas a GrãBretanh­a tem experiênci­a para cidades com esta natureza”, afirmou.

O director executivo da Câmara de Comércio Reino Unido-Angola, Bráulio de Brito, que acompanhou a delegação britânica, disse que além de existir um particular interesse dos britânicos na indústria petrolífer­a, há também um maior interesse no sector da agricultur­a e da agro-indústria, o que pode ser uma mais-valia adicional para o cresciment­o e o desenvolvi­mento económico que se precisa no país.

Sobre o volume de negócios da Câmara de Comércio, Bráulio de Brito referiu não haver ainda contratos estabeleci­dos, visto que a organizaçã­o se encontra ainda no processo inicial de se entender sobre o raio de acção dos membros. “A Câmara é bastante nova, tem cerca de 30 membros, entre empresas angolanas e britânicas. Estamos num processo inicial de estender o raio de acção dos membros. Penso que, ao longo do tempo, vamos desenvolve­r actividade­s, interagir com instituiçõ­es do Governo angolano para que se possa chegar ao ponto de se estabelece­rem negócios essenciais para Angola”, concluiu.

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ALFREDO KUTABIALA|EDIÇÕES NOVEMBRO Baronesa britânica Lindsay Northover apresentou propostas de investimen­to no Huambo

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