Bengo intensifica produção agrícola
A província do Bengo intensificou a produção agrícola entre 2012 e 2015, com uma colheita de cerca de 2,6 milhões de toneladas de produtos diversos, o que representa um aumento significativo em relação aos anos anteriores, disse ontem o Presidente da UNACA, Marques Miguel. Os produtos foram cultivados por 16.191 camponeses numa área de 331.606 hectares.
O líder associativo referiu igualmente que a produção contou com a participação de 108 cooperativas e 187 associações, com o objectivo de ajudar o Estado a alavancar a economia, o que permitiu reduzir a importação de produtos agrícolas.
O presidente da UNACA lembrou que, durante o período 2005/2015, em colaboração com o Departamento Provincial do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) da província do Bengo, foram distribuídos às cooperativas e associações de camponeses 42.515 imputes, 63.040 sementes, 2.564 fertilizantes, 15 tractores, cinco carrinhas e dez motorizadas de três rodas.
Com esses incentivos, foi possível registar cifras significativas de produção, como a de banana pão, mandioca, citrinos, batata-doce e rena, cebola, cenoura, milho, palmares, ginguba, ananás, goiaba, café, massambala, ervilhas, pepino, melancia, melão, sisal, caju, feijão macunde, amendoins e cana-de-açúcar.
Marques Miguel exortou as cooperativas e associações a unirem esforços para beneficiarem de financiamento do Executivo e do sector privado. Das 295 organizações de camponeses, só 37 estão legalizadas na província do Bengo.
O Presidente da UNACA disse que entre 2007 e 2012 apenas 57 associações e 71 cooperativas beneficiaram de micro crédito através de bancos comerciais no valor de 164 milhões 229 mil e 512 kwanzas, o que resultou no reembolso de 11 milhões,18 mil e 320 kwanzas. O restante não foi restituído por razões de insuficiência nas colheitas, causadas pelas irregularidades de chuvas. Marques Miguel entende que os camponeses da província do Bengo devem frequentar estágios de agronomia. Neste sentido, a UNACA está a envidar esforços junto da direcção provincial do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social para realizarem cursos profissionais de agronomia.
“Hoje, são tantos os jovens que têm vontade de empreender no ramo da agricultora, mas para tal é necessária formação no sentido de que não se faça o cultivo de forma empírica”, referiu.
O presidente da UNACA considera a desminagem uma acção determinante para a expansão das áreas férteis, com vista a alavancar à actividade agrícola de subsistência e mecanizada na província do Bengo.