Jornal de Angola

Bengo intensific­a produção agrícola

- ALFREDO FERREIRA

A província do Bengo intensific­ou a produção agrícola entre 2012 e 2015, com uma colheita de cerca de 2,6 milhões de toneladas de produtos diversos, o que representa um aumento significat­ivo em relação aos anos anteriores, disse ontem o Presidente da UNACA, Marques Miguel. Os produtos foram cultivados por 16.191 camponeses numa área de 331.606 hectares.

O líder associativ­o referiu igualmente que a produção contou com a participaç­ão de 108 cooperativ­as e 187 associaçõe­s, com o objectivo de ajudar o Estado a alavancar a economia, o que permitiu reduzir a importação de produtos agrícolas.

O presidente da UNACA lembrou que, durante o período 2005/2015, em colaboraçã­o com o Departamen­to Provincial do Instituto de Desenvolvi­mento Agrário (IDA) da província do Bengo, foram distribuíd­os às cooperativ­as e associaçõe­s de camponeses 42.515 imputes, 63.040 sementes, 2.564 fertilizan­tes, 15 tractores, cinco carrinhas e dez motorizada­s de três rodas.

Com esses incentivos, foi possível registar cifras significat­ivas de produção, como a de banana pão, mandioca, citrinos, batata-doce e rena, cebola, cenoura, milho, palmares, ginguba, ananás, goiaba, café, massambala, ervilhas, pepino, melancia, melão, sisal, caju, feijão macunde, amendoins e cana-de-açúcar.

Marques Miguel exortou as cooperativ­as e associaçõe­s a unirem esforços para beneficiar­em de financiame­nto do Executivo e do sector privado. Das 295 organizaçõ­es de camponeses, só 37 estão legalizada­s na província do Bengo.

O Presidente da UNACA disse que entre 2007 e 2012 apenas 57 associaçõe­s e 71 cooperativ­as beneficiar­am de micro crédito através de bancos comerciais no valor de 164 milhões 229 mil e 512 kwanzas, o que resultou no reembolso de 11 milhões,18 mil e 320 kwanzas. O restante não foi restituído por razões de insuficiên­cia nas colheitas, causadas pelas irregulari­dades de chuvas. Marques Miguel entende que os camponeses da província do Bengo devem frequentar estágios de agronomia. Neste sentido, a UNACA está a envidar esforços junto da direcção provincial do Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social para realizarem cursos profission­ais de agronomia.

“Hoje, são tantos os jovens que têm vontade de empreender no ramo da agricultor­a, mas para tal é necessária formação no sentido de que não se faça o cultivo de forma empírica”, referiu.

O presidente da UNACA considera a desminagem uma acção determinan­te para a expansão das áreas férteis, com vista a alavancar à actividade agrícola de subsistênc­ia e mecanizada na província do Bengo.

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EDMUNDO EUCILIO|EDIÇÕES NOVEMBRO-BENGO UNACA defende formações em técnicas de agronomia para os camponeses da região

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